Gestão das águas pluviais urbanas e elementos da infraestrutura verde: estudo de caso da Bacia Hidrográfica do Rio Morto, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nunes, Dayana Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11054
Resumo: O aumento da magnitude e frequência das inundações urbanas representa uma das principais consequências das modificações do meio natural. Para restaurar as condições da bacia hidrográfica anterior à urbanização, principalmente os processos de infiltração e armazenamentos naturais, têm-se investido em técnicas não convencionais relacionadas com a drenagem urbana. Neste contexto, a modelagem hidrológica-hidráulica apresenta-se como metodologia relevante para a gestão sustentável das águas urbanas, já que permite a simulação e cenarização de dispositivos de controle dos escoamentos. Esta dissertação teve como objetivo verificar o comportamento hidrológico-hidráulico da bacia hidrográfica do rio Morto diante da simulação da implantação de telhados verdes com o auxílio do modelo Storm Water Management Model (SWMM). A bacia está localizada na baixada de Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro, e foi constituída como experimental e representativa. A aplicação do modelo SWMM envolveu primeiramente a calibração individual e simultânea dos parâmetros do escoamento superficial e subterrâneo para os eventos de dezembro de 2008 e junho de 2010, resultando em três possíveis conjuntos de parâmetros ajustados que foram utilizados nas etapas de validação e simulação de cenários. A validação do modelo foi feita para abril de 2010, considerado como um dos eventos mais críticos registrados na região. Os coeficientes estatísticos R2, NSE, RSR e PBIAS foram calculados para avaliar a eficência dos ajustes da calibração e validação do modelo. Os resultados obtidos foram considerados satisfatórios, conforme dados da literatura. A simulação de cenários com telhados verdes foi feita para as sub-bacias 36, 37 e 43 para o evento de abril de 2010, considerando que toda a área de cobertura das edificações destas sub-bacias fosse substituída por telhados verdes, correspondendo a 20%, 25% e 50% da área total da sub-bacia, respectivamente. Embora, tenha se constatado que a implantação dos telhados verdes não reverteria a inundação nos trechos dos rios nessas sub-bacias, em que foram constatados extravasamento da calha nas condições atuais de uso e ocupação do solo,verificou-se que em todas as simulações houve redução da vazão de pico e do escoamento gerado em cada sub-bacia. Em relação à vazão de pico, observou-se uma redução média de 11.4%, 14.6% e 3.60%, para as sub-bacias 36, 37 e 43, respectivamente, enquanto que para o volume escoado, obteve-se uma redução média de 9.3%, 10.0% e 3.0%. O cenário com a inserção de telhados verdes de forma conjunta nestas sub-bacias provocou uma ligeira redução da vazão de pico no exutório da bacia do rio Morto da ordem de 1.4%.