Estilo de vida de estudantes universitários no período da pandemia de COVID-19: o desafio para a promoção da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bispo, Letícia de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20608
Resumo: Introdução: O estilo de vida é um conceito multidimensional, inclui atividade física, nutrição, relacionamentos sociais, comportamento, satisfação com o trabalho e percepção do mundo. Pode afetar a saúde e ser um fator protetivo. Muitos estudos examinam o estilo de vida dos estudantes universitários e promovem ações para melhorar a qualidade de vida por meio de intervenções. Objetivos: Analisar o estilo de vida dos estudantes universitários período da pandemia de COVID-19: em uma universidade pública situada no município do Rio de Janeiro e como objetivos específicos identificar as relações interpessoais entre estudantes e suas famílias e amigos no período pandêmico de COVID-19, descrever os padrões de comportamentos relacionados a introspecção pessoal, estresse, satisfação do trabalho e práticas sexuais e, analisar as alterações das atividades físicas, sono, alimentação a utilização do álcool e uso de remédios sem prescrição. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, com amostra intencional e quantitativo. Realizado por meio de um questionário on-line validado denominado “estilo devida fantástico”. A coleta de dados se deu entre os meses de maio e dezembro de 2021. A análise da dados foi realizada por meio da estatística descritiva e análise de scores do questionário, ambos realizados com o apoio do software SPSS. Resultados: Entre a população geral, o socre do questionário foi de 61,18 +/- 10,29. Observou-se que 39% dos estudantes possuíam pessoas para dar e receber afeto. Aproximadamente 43% dos estudantes referiu nunca manter-se vigorosamente ativo por pelo menos 30 minutos e 16% também referiram não realizar atividades físicas de média intensidade. Cerca de 25% dos estudantes indicaram que quase nunca ingeriam uma dieta balanceada e, 51% da amostra relatou a ingestão de bebidas com cafeína até duas vezes ao dia. O consumo atual e diário de tabaco está restrito a 8% da amostra. O padrão semanal de consumo de álcool entre estudantes universitários da amostra revelou que 87,7% dos sujeitos ingeriram na pandemia até 7 doses de álcool semanais enquanto 3,2% relataram a ingestão superior a 20 doses. Aproximadamente 55% dos estudantes relatou cansaço mesmo após o sono e, 22% indicaram não saber lidar com o estresse do cotidiano. Sobre a autopercepção do sentimento de raiva e hostilidade, aproximadamente 14% da amostra indicou que esta percepção ocorre quase sempre. Contudo, os estudantes ainda mantinham-se otimistas e com sentimentos positivos no período estudado, cuja prevalência destes sentimentos foi de 42%. Sobre o trabalho, 62% dos estudantes indicaram quase sempre sentirem a sensação de satisfação. Conclusão: Apesar da análise objetiva, uma limitação do estudo é a impossibilidade de comparação entre o período pandêmico e o período pré-pandêmico, devido à coleta de dados exclusiva do fenômeno pandêmico e à falta de equivalência com outros eventos de estudo. Com o retorno das atividades presenciais, a recuperação física e mental se tornou uma questão urgente de saúde pública, dada a incerteza do futuro pós-pandêmico. Políticas públicas e institucionais de promoção da saúde nos campi universitários são necessárias como um investimento público relevante, considerando a responsabilidade social e educacional das universidades públicas na sociedade