A Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho: ACAMJG e sua luta pelo direito ao trabalho
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16065 |
Resumo: | Esta dissertação apresenta um estudo sobre a história social e a ação política da Associação de Catadores de Jardim Gramacho (ACAMJG), movimento de organização política de Catadores que surgiu e se fortaleceu ao longo dos últimos cinco anos no bairro Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, bairro que abriga, desde 1976, o que antes era conhecido como lixão de Gramacho, e hoje, caracteriza o Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho. Considera que a formação social do território de Jardim Gramacho, decorre da criação e execução de uma política pública, de abrangência metropolitana, para destinação final de lixo, que impulsiona o aparecimento no bairro um coletivo de trabalhadores, o trabalhador catador, antes inexistente na localidade. Busca demonstrar que as relações sociais que se estabeleceram no Bairro Jardim Gramacho, produziram aquele espaço de forma segregada, transformando-o na forma urbana em que ele se apresenta hoje. Analisa os catadores de materiais recicláveis de Jardim Gramacho a partir da relação que estes mantêm, enquanto trabalhadores espoliados, com os demais trabalhadores da sociedade brasileira, e busca situar o catador na cadeia produtiva da reciclagem e como trabalhador inserido nas formas capitalistas de superexploração da força de trabalho. Destaca que os trabalhadores catadores de Jardim Gramacho, ao se darem conta da situação de extrema exploração vivenciada pelo coletivo de catadores que trabalha no AMJG, ao perceberem a importância social do seu trabalho e vislumbrarem a possibilidade de terem sua fala reconhecida a partir da organização e ação política, passam a reivindicar, na esfera pública, o direito a ter direitos, traduzido em sua luta pelo direito ao trabalho e iniciam a partir daí um processo de organização e ação política.Desta forma, este trabalho descreve ainda a história de criação da ACAMJG enquanto sujeito político, em um contexto de extrema pobreza e adversidade, trata dos principais embates políticos já implementados pela ACAMJG; além de pontuar as fragilidades e as principais questões colocados no horizonte político desta Associação, que desafiam a capacidade de organização, negociação e articulação com diversos setores da sociedade civil, para a consolidação de acordos já conquistados e para a ampliação das possibilidades de sua atuação autônoma. |