Memórias e diálogos com a Educação Integral: o legado de Maria Yedda Leite Linhares (1983-1986)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Matos, Sheila Cristina Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10433
Resumo: A presente investigação tem como objetivo analisar os diferentes projetos político-pedagógicos em disputa durante o I Programa Especial de Educação, estabelecendo relações entre as práticas pedagógicas e o pensamento educacional propagado entre os educadores na década de 1980. O trabalho tem cunho memorialístico, sobretudo, por entender que a memória deve ser revisitada, para que se possam fazer inferências de ações e pensamentos que fizeram e fazem parte do tempo histórico. Nesse resgate memorialístico, focou-se, como delimitação da pesquisa, a gestão da secretária municipal de educação Maria Yedda Linhares, enquanto protagonista importante na elaboração do Programa. Em abordagem específica dos estudos historiográficos, que buscam uma interlocução aprofundada de como a educação e a instituição escolar podem ser pensadas, historicamente, em uma determinada conjuntura social, política e econômica, decidiu-se por construir um estudo de uma educadora/historiadora que fomentou a reescrita de novas páginas no cenário fluminense, que ainda estava sob a tutela de leis ditatoriais e autoritárias. Ao longo da tese, observou-se que a gestão de Maria Yedda foi marcada por seguir os pressupostos de Anísio Teixeira; ser cúmplice de Darcy Ribeiro no ato de pensar a educação para as classes populares; ser uma historiadora entusiasta da escola francesa; ter assumido papel de enfrentamento às práticas cliente elistas; ter respeitado e ser uma referência aos movimentos sociais; compor uma equipe multidimensional, imbuída pela escola democrática. Como considerações finais, destaca-se o legado de Maria Yedda Linhares para a educação fluminense: os Centros Integrados de Educação Pública como espaço de intervenção social; a redemocratização da rede municipal, desmontando as antigas leis da ditadura; a gestão democrática, incluindo o diálogo com a comunidade e com as categorias; a valorização da educação como projeto prioritário de governo; a nova estruturação da alfabetização, em dois anos; a gratificação para os professores alfabetizadores; a ampliação do tempo escolar