Geração de um arcabouço estratigráfico de alta resolução para depósitos carbonáticos terciários da Bacia de Campos
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7052 |
Resumo: | O Membro Siri (oligo-miocénico) corresponde ao intervalo de interesse deste estudo. O mesmo é de grande importância devido ao conteúdo de óleo pesado presente na plataforma carbonática desenvolvida na Bacia de Campos durante o Terciário. Tendo em conta esta importância se empreendeu um estudo com o objetivo de gerar um arcabouço estratigráfico de alta resolução, em seqüências de 3ª ordem, a partir da interpretação de duas linhas sísmicas e a análise de cinco perfis de poço. O arcabouço proposto permitiu por sua vez realizar um modelo deposicional, que facilitasse o entendimento da evolução da produção carbonática terciária, na plataforma externa da Bacia de Campos. Inicialmente, se fez à análise dos poços e posteriormente, se levou a cabo a interpretação das seções sísmicas utilizando-se a correlação e projeção de três dos cinco poços estudados nos dados sísmicos. Nesta fase de análise foram definidas três seqüências estratigráficas (seqüências I, II e III) de 3a ordem, com base na variação da resposta dos perfis de raios gama. Esta etapa permitiu por sua vez um detalhamento estratigráfico de cada seqüência em ciclos de 4a ordem e ajudou na identificação e definição dos tratos de sistema dentro de cada unidade estratigráfica. Cabe ressaltar que não foram identificados tratos de sistema de mar baixo dentro do intervalo analisado. A geração de mapas de isópacas e a interpretação das seções sísmicas permitiram a definição da geometria externa e a identificação das fácies sísmicas de cada seqüência respectivamente. Dentro de cada unidade estratigráfica foi possível a identificação de varias áreas da plataforma: 1) A região para o continente caracterizada por refletores paralelos a subparalelos, que sugerem a presença de fácies lagunares, com entrada concomitante de material siliciclástico nas seqüências I e II; 2) As bordas do banco (para a continente e para a bacia) caracterizadas por uma maior produção carbonática, durante o trato de sistema de mar alto presente para o topo das seqüências I e II; 3) A porção para a bacia caracterizada por uma forte progradação . A seqüência III constitui o último pulso da produção carbonática, e está caracterizada por um relativo aumento na entrada de material siliciclástico vindo do continente. A analise estratigráfica com base nos poços e nas seções sísmicas foi correlacionada com a análise geoquímica realizada por Albertão et al. (2005), para o intervalo estudado (Membro Siri). Durante esta fase de correlação, se observou grande concordância entre as quebras e variações nas percentagens dos elementos apresentados nos perfis geoquímicos definidos pelos referidos autores e os limites de seqüência identificados neste trabalho de pesquisa. O modelo proposto sugere o desenvolvimento de uma plataforma isolada mista (siliciclástico-carbonática) gerada sobre altos estruturais remanescentes da fase rift, resultante do inicio da separação de América do Sul e a África. A interpretação regional e detalhada das seções sísmicas também permitiu inferir um processo de reativação tectônica das falhas associadas à fase rift, durante a instalação da plataforma carbonática. Este processo teria dado o caráter assimétrico à plataforma e teria facilitado processos locais de subsidência diferencial simultânea com a produção de sedimento carbonático. |