Condições do pensamento de Kant para o efeito reverso de sua crítica à construção na filosofia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cavalcante Neto, Carlos Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12206
Resumo: O presente trabalho consiste em uma investigação sobre a contribuição da filosofia de Kant para a reabilitação do conceito de construção filosófica por ela mesma rejeitado. Esta aparente contradição se dilui quando compreendemos que, ao introduzir sob a perspectiva do criticismo os problemas da aplicação do método da matemática na filosofia, Kant reelabora de tal forma o conceito de construção matemática que, embora claramente não o almejasse, acaba por fornecer caminhos que permitiriam aos seus intérpretes-filósofos reconsiderar a possibilidade daquela aplicação. No primeiro capítulo, consideramos a argumentação de Kant sobre a impossibilidade de aplicação do método da construção na filosofia através de uma interpretação da metáfora do sistema de conhecimento como um edifício e de um exame dos limites desta metáfora a partir de uma análise do caso da construção geométrica. No segundo capítulo, a partir da observação do papel desempenhado pelo conceito de esquema, investigamos a relação entre o aspecto arbitrário do conhecimento matemático e o aspecto necessário do conhecimento filosófico mediante a análise da argumentação kantiana sobre a possibilidade de se definir conceitos puros sensíveis e a impossibilidade de se o fazer quanto aos conceitos puros do entendimento, estabelecida desde uma diferença considerada entre conceitos dados a priori e conceitos produzidos a priori. Finalmente, confrontamos os pressupostos desta comparação com a asserção de que a síntese pura representada universalmente dá o conceito puro do entendimento. Como a síntese é uma ação, o conceito de categoria enquanto conceito dado a priori é esmaecido pela hipótese de que os conceitos dados sejam, de modo parcialmente distinto dos conceitos puros sensíveis, também produzidos a priori.