Desenhos-estórias e narrativas de adolescentes: qualidade de vida, prática de estudantes moradores de periferia e sua leitura de mundo
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica - CAp UERJ |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19445 |
Resumo: | A presente dissertação teve por finalidade captar as representações sociais dos estudantes do Ensino Fundamental sobre a qualidade de vida por meio do envolvimento dos sujeitos da escola e da(s) comunidade(s) de seu entorno. Com o intuito de serem alcançados os objetivos do estudo, foi selecionada uma escola municipal, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro. Tomamos como arcabouço teórico-metodológico as contribuições de Serge Moscovici em que trata da Teoria das Representações Sociais (TRS), posteriormente, difundida por outros pesquisadores. Minayo balizou a concepção de qualidade de vida. Paulo Freire nos trouxe as concepções humanizadoras, dialógicas e libertadoras dos sujeitos, mostrando-nos caminhos possíveis frente às violências presentes nas escolas. No tocante ao viés das sustentabilidades, reunimos os pressupostos de Filomena Lucia Gossler Rodrigues da Silva, Guilhermo Foladori e Moacir Gadotti. Ao tratarmos dos eventos do cotidiano, estivemos fundamentados em Michel de Certau. Com a técnica de Desenho-Estória (D-E) de Walter Trinca, investigamos os sentidos captados pelas expressões icônicas e textuais dos estudantes a respeito da qualidade de vida. Buscamos entender, também, a relação existente entre a comunidade e a escola na construção de práticas coletivas identitárias e solidárias, promotoras de participação, assim como a importância dessas práticas em escolas de periferia, como estímulo à cidadania. As informações foram coletadas por narrativas e questionários, bem como caderneta de campo, gravações de celular, fotos e imagens captadas em eventos da escola. O campo foi feito com a participação de 80 sujeitos com seus relatos e indagações, 40 alunos e 40 moradores da comunidade. Acreditamos que tal caminho nos ajudou para que pudéssemos pensar estratégias e táticas escolares para desenvolver formas de ação e condutas que valorizassem a sustentabilidade social. Para os estudantes, as palavras com maior compartilhamento foram educação, saúde, família e dinheiro, nesta ordem, sendo, também, palavras mais prontamente evocadas. Vimos que tais expressões caminham ao encontro daquelas trazidas pelos moradores da comunidade. Tal fato nos mostrou que as demandas advindas da comunidade se aproximam às idealizadas pelos estudantes em suas concepções e D-Es a respeito do que foi captado e do que é projetado em relação à qualidade de vida. Ambos os grupos entendem que a educação nos propõe caminhos, sendo entendida como um dos fatores essenciais para a melhoria da qualidade de vida. Os resultados esperados são a promoção de tomadas de consciência, fortalecedoras da qualidade de vida. O que pôde ser alcançado com a pesquisa foi que, por meio do PR, pode-se proporcionar na escola um espaço de gênese formativa para a discussão de qualidade de vida. |