Rádio endereçado a jovens: reestruturação do mercado carioca e contradições na disputa pela audiência do futuro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fontes, Helen Pinto de Britto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18493
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo principal investigar as estratégias radiofônicas de emissoras identificadas com o segmento jovem no mercado do Rio de Janeiro para construir relações e estabelecer vínculos com seu público de modo a identificar se práticas e dinâmicas são alteradas em um processo de “desjuvenilização” do rádio. O trabalho empírico baseia-se em pesquisa bibliográfica que atende a dois intuitos: abordar discussões a respeito da categorização “jovem” sob uma perspectiva de complexidade; e contextualizar o momento de transformações em que o rádio está inserido, em breve recuperação de seu percurso histórico com ênfase na segmentação voltada para o público juvenil. O cenário midiático de múltiplas ofertas, no qual a atenção dos jovens é disputada acirradamente, instiga a uma maior compreensão sobre o atual rádio, que transborda do sinal hertziano para outras plataformas, suas realizações e operações para atrair e se comunicar com os jovens em face de sua pluralidade. Para realizar a investigação, verifica-se a produção do ambiente comunicacional das emissoras apoiado atualmente nas redes sociais e nos sites institucionais, além da emissão sonora. Como foco concentra-se nas duas emissoras que se autoproclamam como endereçadas aos jovens no Rio de Janeiro: Radio Mix Rio FM e Rádio Mood FM. O trabalho parte de pesquisa exploratória, num primeiro momento, com a escuta das emissoras em sinal hertziano e análise de suas páginas no Facebook, Instagram, Twitter, canais no YouTube e sites. Num segundo momento realiza-se uma análise de conteúdo mais recortada dos ambientes comunicacionais sonoro e on line, para observação das propostas de interação e de identidade das emissoras como indicadores de construção de vínculos com os ouvintes. Na sequência, uma análise de fragmentos textuais consolida a etapa analítica. Entre outros resultados, constata-se que há contradições na classificação das emissoras enquanto jovens por apresentarem elementos mais generalistas. Também é possível identificar uma disputa em relação à definição de rádio jovem e à constituição desse endereçamento (público jovem). A “desjuvenilização” é constatável na medida em que inexistem referências constantes e contínuas nas produções radiofônicas que possibilitem uma identificação geracional que seja vinculadora. E, para além da ausência de complexificação da audiência, o fazer radiofônico acaba por amparar-se num conceito abrangente de juventude relacionado ao “estado de espírito” e ao modo de viver, o que torna ambíguas as práticas das emissoras.