Entre a cruz e a espada: o autor de Ressurreição sistema literário e literatura empenhada
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6285 |
Resumo: | Este trabalho pretende investigar o impacto da crítica teatral de Quintino Bocaiúva sobre a composição de Ressurreição, o primeiro romance de Machado de Assis. Para tanto, considerarei a primeira advertência à Ressurreição, a configuração do sistema literário oitocentista, e o projeto apresentado pelos autores da Niterói, encabeçado por Gonçalves de Magalhães, para a literatura brasileira, observando não só o triunfo do Romantismo, primeiro com a poesia e depois com o romance, mas também a ascensão e a consolidação do teatro nacional, que vai do decênio de cinquenta ao decênio de sessenta. A leitura deste romance, portanto, é proposta em duas direções: relaciona-se com o passado na medida em que responde às críticas de outrora e relaciona-se com o presente e o futuro na medida em que tal resposta representaria a tentativa e aposta ficcional do autor, na prosa de ficção, de fixação no sistema literário oitocentista, que adentrara, mas não consolidara a posição de autor de literatura. Observarei, na leitura proposta, a presença da fábula de Esopo como índice de retificação (passado e presente) e ratificação (presente e futuro) na trajetória literária de Machado de Assis. Em relação à retificação passada, veremos o teatro de Machado de Assis de 1862 (nos palcos) ou 1863 (impresso), comparando com a retificação proposta em Ressurreição. Aqui, a figuração e caracterização das personagens femininas desempenham um papel-chave para interpretação proposta, fazendo-nos entender a retificação (passada e presente) e a ratificação (presente e futura): sendo sensivelmente inferiores às personagens do teatro do autor, as personagens daquele romance têm um caráter surpreendentemente resignado, acatando as leis da tradição, ao passo que aquelas têm um caráter progressista, questionando as leis desta mesma tradição. Indaga-se: por que a censura, o recuo? |