Nós as saudamos prôfessoras fluminenses : produção, circulação e representações de professoras primárias no jornal Síntese da UPPE
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10436 |
Resumo: | O objetivo desta tese de doutorado é analisar o jornal Síntese, produzido pela União dos Professores Primários Estaduais (UPPE). O impresso, que é objeto e fonte desta tese, circulou entre julho de 1968 a dezembro de 1979. Há disponíveis 27 edições. O acervo se encontra na atual sede da entidade, localizada à Rua La Salle, nº22 Niterói/RJ. O periódico foi criado com o nome de Síntese Informativa da UPPE, pela professora Anaíta Custódio Cardoso, em 1968. Em setembro de 1972, o jornal passou a se chamar Síntese. A perspectiva teórico-metodológica que fundamentou a pesquisa parte da concepção de que utilizar a imprensa da educação e ensino como fonte é tomar um corpus documental amplo, que permite a investigação de métodos e concepções pedagógicas de uma época e da ideologia moral, política e social de um grupo profissional (CATANI e BASTOS, 1997). Nesse sentido, fazem emergir vozes, que não são possíveis de serem ouvidas em outros espaços sociais, dada a expressividade da escrita jornalística (NÓVOA, 1997). Dialogando com os indícios (GINZBURG, 1989), o objeto é analisado sob a perspectiva dos estudos dos estudos de Roger Chartier (1993), de que as percepções do social não são neutras. Ao contrário, supõe um campo de concorrências e competições que enunciam poder e dominação. Nesse sentido, uma realidade social é construída através das classificações, divisões e delimitações que organizam a vida e dão sentido ao mundo real. As análises passam a ter sentido, então, na medida em que o diálogo entre o individual e o contexto político ganham força. O contexto do período histórico estudado confere sentido às trajetórias, aos silenciamentos, às prescrições, às presenças e às ausências. Em função desse diálogo, a análise do impresso baseia-se no que propôs Chartier (2003), considerando o contexto de produção, o da circulação e as representações de professoras primárias que o jornal trazia. Nesse sentido, a análise se debruça no primeiro capítulo sobre a UPPE, como lugar de produção do jornal. No segundo capítulo, a investigação se volta para a compreensão sobre os espaços de circulação do impresso. O terceiro capítulo tem como objetivo compreender as representações difundidas a respeito do professorado primário fluminense pelo periódico, entendo que essas informações dão acesso às questões postas para o professorado no período de circulação do jornal. Nas investigações, foram encontrados indícios de que o jornal foi criado com objetivos que foram modificados ao longo da década de 1970, período em que se torna difusor do ideário da Ditadura Militar. Com respaldo interno na entidade, a defesa dessas bandeiras se torna condição para a existência do mesmo. Os vestígios mostram também um modelo de professora primária alinhada com o ideário do regime militar. A pesquisa pretende contribuir com os estudos que se utilizam como fonte e objeto a imprensa de educação e ensino, bem como os as investigações sobre a UPPE e sobre os professores primários fluminenses, durante os anos finais da década de 1960 e 1970 |