Da arqueologia para a história: o lugar dos índios no município de Araruama
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13557 |
Resumo: | Este trabalho tem como foco de análise a cidade de Araruama, onde entende-se que a partir das décadas de 1980 e 1990, os arqueólogos através de suas pesquisas promoveram uma escrita da história que ampliou a representatividade indígena na história local. Em um primeiro momento, capitaneada pela Professora Lina Maria Kneip e depois continuada na década de 1990, pela arqueóloga Ângela Buarque e a sua equipe do Museu Nacional. Essas pesquisas alimentaram uma leitura do passado que foi apropriada pela Prefeitura Municipal de Araruama e que através do desenvolvimento de políticas públicas, promoveram a divulgação de uma nova leitura sobre a história de Araruama. Uma nova leitura que trouxe uma ampliação da representatividade dos indígenas tupinambás na história local. Nessa pesquisa, procura-se entender essas políticas públicas como formas narrativas sobre o passado, a partir das percepções advindas da Cultura Histórica e História Pública. Esses conceitos operando em conjunto possibilitam a compreensão da produção, dos agentes envolvidos, da circulação e dos discursos construídos por essas outras formas narrativas que perpassam a história acadêmica. Em Araruama, essas outras formas narrativas se constituíram através da criação de um Museu, da criação de uma Medalha de Honra denominada Tupinambá, da edição de um livro escolar e dos trabalhos desenvolvidos na Escola Municipal Honorino Coutinho. Agora, qual indígena interessava a Prefeitura Municipal? O tupinambá do movimento romântico e do século XIX? O aliado dos franceses? O tupinambá das narrativas arqueológicas? Os habitantes indígenas atuais? Por isso, busca-se compreender os discursos presentes nessas formas narrativas emanadas pelos agentes da Prefeitura e a existência de um diálogo com a Nova História Indígena ou a manutenção das antigas visões e discursos proferidos sobre os indígenas. Sendo necessário desnaturalizar-se a falsa percepção de que as memórias e as histórias de uma sociedade emergem de um trabalho objetivo, afinal, essas histórias e memórias da sociedade são resultados de negociações, conflitos e dos interesses de grupos. |