Olhar a miscigenação: raça, racialismos e filosofia da história do Brasil na Revista Brasileira (Fase Veríssimo)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moraes, Renan Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18081
Resumo: O trabalho que o leitor tem em mãos possui a intenção de suscitar a reflexão sobre os usos das linguagens racialistas no Brasil do final do século XIX. Para tanto, buscou-se analisar nas páginas da Revista Brasileira, tomando o periódico como um termômetro para as formas e sentidos da utilização do conceito de raça, artigos que propunham avaliar a sociedade e a nação com base em argumentos racialistas. Nas páginas que se seguirão, pretendeu-se uma abordagem sobre os racialismos a partir dos conceitos chaves para compreendê-los, quais sejam, os de raça e miscigenação para a interpretação do Brasil feita por aqueles intelectuais, e o de evolucionismo como pressuposto teórico para a leitura das raças que eles pretendiam. Com base numa interpretação da história intelectual, percebemos as ideias como fenômenos que se movimentam e se reinventam de acordo com os interesses de quem utilizam-nas, supondo assim que o pensamento racialista brasileiro independe dos racialismos europeus ou estadunidenses. Neste sentido, a hipótese sugerida no trabalho é a de que os usos dos racialismos engendraram uma filosofia da história que pretendia a interpretação da brasilidade com base nas marcas que a miscigenação deixava na sociedade, na cultura e nos contatos entre a diversidade temporal das raças que constituíam a nação.