Mecanismos moleculares e celulares envolvidos na modulação da via L-arginina-óxido nítrico em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Abrantes, Daniele Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7880
Resumo: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma síndrome clínica de elevada prevalência no Brasil, que pode ser definida por perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina), e que está associada a um elevado risco de morbidade e mortalidade cardiovascular devido aos eventos aterotrombóticos. O óxido nítrico (NO), uma pequena molécula gasosa, é produzido através da conversão do aminoácido catiônico L-arginina em L-citrulina e NO em uma reação catalisada por uma família de enzimas denominadas NO-sintases (NOS), e modula o relaxamento do músculo liso vascular, sistema imune e a função plaquetária. O objetivo desta dissertação foi avaliar a via L-arginina-NO em neutrófilos, e investigar a função plaquetária e o estresse oxidativo em pacientes com IRC em hemodiálise. O transporte de L-arginina, a atividade e a expressão das isoformas da NOS (iNOS e eNOS), níveis de L-arginina em neutrófilos, o estado oxidativo sistêmico - carbonilação de proteínas e peroxidação lipídica; atividade da glutationa peroxidase (GPx) e da catalase - o efeito dos neutrófilos na função plaquetária, bem como o burst oxidativo em neutrófilos foram avaliados nos dois grupos. Quinze pacientes com IRC em hemodiálise e quinze indivíduos saudáveis pareados por idade foram incluídos no estudo. Nossos resultados mostraram uma redução da atividade da NOS em neutrófilos nos pacientes com IRC em hemodiálise, quando comparados aos controles. Isto ocorreu na presença de concentrações normais do substrato L-arginina e de seu transporte, e da expressão inalterada das isoformas eNOS e iNOS. A agregação plaquetária foi reduzida após a incubação com neutrófilos por 5 e 30 minutos tanto no grupo de pacientes como em controles, não havendo diferenças entre os grupos. Os marcadores de estresse oxidativo, avaliados através da quantificação da oxidação de proteínas e peroxidação lipídica, e pela atividade das enzimas antioxidantes catalase e GPx, não foram modificadas no soro de pacientes com IRC em hemodiálise. Outra análise avaliou a produção do ânion superóxido, uma espécie reativa de oxigênio, em neutrófilos estimulados, mas não apresentaram diferenças em neutrófilos de pacientes com IRC em hemodiálise. O estudo demonstrou uma produção reduzida de NO em neutrófilos de pacientes com IRC em hemodiálise, e a importância dos neutrófilos na homeostasia vascular. Portanto, este pode ser um elo entre esta síndrome e a doença cardiovascular.