Associação dos níveis séricos e urinários de magnésio com a composição corporal e marcadores inflamatórios em portadores de doença renal crônica não dialítica
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20966 |
Resumo: | A redução dos níveis de magnésio (Mg) pode estar associada a mortalidade ou desfecho cardiovascular adverso na doença renal crônica (DRC). O objetivo do estudo foi avaliar a associação dos níveis séricos e urinários do Mg com a composição corporal e marcadores inflamatórios em portadores de DRC não dialítica. Estudo longitudinal, prospectivo pelo período de 24 meses, com uma amostra de pacientes com DRC em tratamento não dialítico, nos estágios 3A, 3B e 4, de ambos os sexos e com idade igual ou superior a 20 anos. A coleta dos dados ocorreu em 3 momentos: t1 (inclusão), t2 (12 meses) e t3 (24 meses). Em cada momento do estudo foram coletados dados sociodemográficos, estilo de vida, antropométricos, composição corporal, clínicos e laboratoriais. As amostras venosas foram colhidas após jejum noturno de 12 horas e incluíram: creatinina, Mg, cálcio, sódio, ácido úrico, fósforo, paratormônio, vitamina D, triglicerídeos, colesterol total, high density lipoprotein, low density lipoprotein, glicemia em jejum, fosfatase alcalina, hemograma completo, interleucina 6 (IL6) e proteína C reativa ultrassensível. A urina das 24 horas foi utilizada para dosar a excreção urinária de Mg e creatinina. O consumo alimentar foi estimado por meio do recordatório alimentar de 24 horas. Para a avaliação antropométrica foram aferidas: massa corporal, estatura, diâmetro abdominal sagital e circunferências da cintura (CC), da panturrilha e do pescoço. Para avaliar a composição corporal foram utilizados a Dual-energy X-ray absorptiometry e a Pletismografia por deslocamento de ar. Um modelo de regressão linear com efeitos aleatórios foi ajustado para investigar o impacto dos níveis séricos e urinários do Mg na composição corporal e estado inflamatório. A amostra final do estudo foi composta por 134 pacientes com média de idade de 60,2±12,0 anos e 52,2% do sexo feminino. A prevalência de excesso de peso segundo o índice de massa corporal foi de 57,1% e o percentual de gordura corporal (%GC) estava alto em 66,9%. As mulheres apresentaram maior prevalência de %GC elevado (77,5% vs 56,6%; p=0,005). Os homens apresentaram um consumo médio maior de calorias (p<0,001). Quanto a ingestão de macro e micronutrientes, não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os sexos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os níveis de Mg sérico e urinário com os estágios da DRC. No modelo de regressão ajustado, o percentual de massa magra e consumo alimentar de Mg associaram-se positivamente com o Mg sérico e os níveis de ácido úrico, triglicerídeos, CC e o percentual de massa gorda demonstraram uma correlação negativa com os níveis séricos de Mg. Para o Mg urinário, no modelo ajustado, a taxa de filtração glomerular estimada, IL6, consumo alimentar de Mg e o percentual de massa magra evidenciaram associação positiva. Os resultados desse estudo demonstraram que os níveis séricos e urinários de Mg foram associados positivamente com a massa corporal magra. A gordura corporal total e central foi associada negativamente com o magnésio sérico. Além disso, foi evidenciada uma correlação positiva entre o magnésio urinário e o estado inflamatório. Foi identificado um baixo consumo alimentar do Mg na população pesquisada |