Um retrato de UTI Pediátricas em um recorte transversal durante a pandemia de COVID-19: uma avaliação de estrutura das unidades
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20585 |
Resumo: | O interesse da presente Dissertação surgiu com o intuito de avaliar as Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas no aspecto de estrutura do serviço. O inquérito do estudo foi colhido de 01/07/2020 a 31/10/2020 através de um questionário autopreenchido pelos 29 médicos responsáveis técnicos e pelos 1084 profissionais de saúde atuantes nas unidades. O objetivo primário da Dissertação foi avaliar a adequabilidade de aspectos estruturais de 29 Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas de sete estados no Brasil à regulamentação normativa que já estava vigente no país antes da pandemia, e às normativas e demandas impostas durante a pandemia. Foram analisados seletos indicadores de estrutura (recursos humanos, protocolos, estrutura física, orientações e rotinas na pandemia, educação continuada e treinamento, e recursos materiais). Na análise de indicadores para verificação de adequação à normativa regulamentadora, avaliou-se que na dimensão de recursos humanos e protocolos ao menos um terço das unidades não cumpriam requisitos previstos em norma. Em recursos humanos, as menores proporções observadas foram para a categoria de técnicos de enfermagem, médicos diaristas e fisioterapeutas (65.5%, 69.1%, 82.7%). Para protocolos clínicos, há 55.2% de unidades que têm protocolos de sepse, sedação e dor instalados e vigentes. Apesar de já haver essa defasagem em questões estruturais, quando se analisou a adequação para as normativas e demandas da pandemia, verificou-se que a resposta das unidades nas diferentes dimensões de estrutura analisadas foi em geral melhor ou semelhante ao observado em estudos feitos na mesma época na América Latina. Foram entrevistados 1084 profissionais de saúde e 60% tiveram disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para assistência em procedimentos geradores de aerossol. As unidades com financiamento privado obtiveram maiores proporções de adequação em recursos humanos para algumas categorias profissionais durante a pandemia como para médicos intensivistas (44.8% x 17.2%; p<0.01). Também houve diferença significativa em recursos materiais, como para assistência em procedimentos geradores de aerossol (31.3% x 28.8%; p=0.02). A categoria profissional que teve mais inadequação à normativa para disponibilidade de EPI foi a de técnicos de enfermagem (14.4% x 11.3%; p<0.01). O que se observou, portanto, foi que nos aspectos avaliados a situação pré-pandemia era razoável, mas já com espaços para melhorias, e durante a crise sanitária houve uma resposta comparável a resultados encontrados em outros estudos na região. Porém, se tivesse havido uma gestão mais eficiente com deslocamento adequado de recursos, é provável que a reação tivesse sido melhor. . |