Efeitos da terapia vibratória sistêmica na funcionalidade de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica e de mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Aguiar, Eliane de Oliveira Guedes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22201
Resumo: A terapia vibratória sistêmica (TVS) tem sido empregada como intervenção em diversas populações, incluindo indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e em mulheres na pós-menopausa. A DPOC é progressiva e irreversível, caracterizada por limitação do fluxo de ar e resposta inflamatória que comprometem a funcionalidade e a qualidade de vida (QV). A reabilitação pulmonar (RP) é sugerida para o indivíduo com DPOC é eficaz no alívio da dispneia e da fadiga, na melhora da função muscular e na QV. O exercício fisico (EF) faz parte das intervenções da RP. A intolerância ao exercício limita o indivíduo com DPOC se beneficiar integralmente da RP, e o exercício de vibração de corpo inteiro (EVCI), um tipo de EF, que é gerado na terapia vibratória sistêmica (TVS), poderia beneficiar indivíduos com DPOC. O EVCI é produzido quando vibração mecânica (VM) gerada em plataforma vibratória (PV) é transmitida para um indivíduo. Mulheres na menopausa apresentam uma série de comprometimentos clínicos e o EF é sugerido para as mesmas. O EVCI vem sendo estudado como uma forma de exercício eficaz e segura também para os indivíduos com DPOC e para mulheres na pós-menopausa. Parâmetros biomecânicos da VM, o posicionamento do paciente, o tempo de trabalho e tempo de repouso devem ser considerados na elaboração de um protocolo com EVCI. Os objetivos dessa tese foram (i) em indivíduos com DPOC, avaliar, em estudo observacional, efeitos da TVS na funcionalidade através dos efeitos agudos da TVS na flexão anterior de tronco (FAT), na percepção subjetiva de esforço (PSE) e na força de preensão palmar (FPP) e (ii) na funcionalidade de mulheres na pós-menopausa (MPM), realizar uma revisão sistemática (RS) veriifcando efeitos da TVS na funcionalidade de. No estudo observacional foi realizado um ensaio clínico aberto em pacientes com DPOC, idade ≥ a 40 anos, atendidos no Serviço de Pneumologia da Policlínica Universitária Piquet Carneiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Trinta e oito indivíduos, realizaram uma única sessão de TVS (cinco séries, 25 Hz, 2,5mm de deslocamento pico a pico) em uma PV: Grupo sentado em cadeira auxiliar posicionada em frente a PV (GS n = 21) ou Grupo em pé na base da PV (GP n = 17). Em ambas as posições, os pés ficaram na base da PV. A FPP e a FAT foram realizadas antes e após a sessão, e a PSE mensurada durante a FAT. Para RS utilizou-se 8 bancos de dados e foram selecionados 8 ensaios clínicos randomizados. A FAT no GS (p ≤ 0,05) e no GP (p ≤ 0,05) melhorou significativamente, mas comparando entre os dois grupos não houve redução significativa (p = 0,14). A PSE não foi influenciada pela TVS. Houve aumento significativo do FPP no GP após a TVS (33,49 ± 10,30 kgf) p = 0,03, mas não no GS (p = 0,12) ou entre os dois grupos (p = 0,55). Na RS, o nível de evidência dos estudos selecionados foi II. A pontuação média da qualidade metodológica foi moderada, o risco de viés foi baixo em dois estudos, alto em quatro estudos e incerto em dois estudos. Houve aumento da funcionalidade, na força muscular, salto, equilíbrio, e FAT em MPM. A TVS é recomendada como opção não farmacológica, para o declínio da densidade óssea e sintomas da osteoporose e sarcopenia, promovendo benefícios funcionais para MPM. Em conclusão sugere-se que a TVS seria adequada para indivíduos com DPOC e MPM e indica-se a inclusão desse tipo de exercício em protocolos de RP.