Loco Abreu: a heroica autoconstrução de uma idolatria vestida de celeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silvera, Juan José Pereyra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8995
Resumo: Em 13 de novembro de 2015, a torcida organizada Loucos pelo Botafogo reinaugurou o Muro dos Ídolos do Botafogo de Futebol e Regatas, painel pintado no muro em frente à sede do clube na Rua General Severiano, no bairro Botafogo, no Rio de Janeiro. Neste painel estão retratados ídolos do clube, desde Mimi Sodré, da primeira década do século XX, passando por Didi, Garrincha e Nilton Santos, até o atual goleiro Jefferson, ao todo 33 ídolos estão imortalizados nesta homenagem. O convidado de honra deste evento foi o jogador uruguaio Washington Sebastian Abreu Gallo, mais conhecido como Loco Abreu , que defendeu as cores do clube, entre janeiro de 2010 e março de 2012, período do recorte temporal deste trabalho. Durante sua passagem como atleta do clube e no evento, encontramos inúmeros torcedores do clube vestindo a camisa Celeste Olímpica da seleção uruguaia ou envoltos na bandeira uruguaia. A pesquisa busca compreender os fatores motivacionais, que levaram os dirigentes e a torcida de um clube de futebol brasileiro a idolatrar, de forma singular e improvável, um jogador de futebol profissional - politicamente incorreto segundo a imprensa esportiva carioca - cuja nacionalidade (uruguaio) é pertencente aos autores da maior derrota simbólica e esportiva sofrida pelo Brasil. Esta idolatria atinge proporções inesperadas, atropelando identidades, na mistura profana de ícones quase que sagrados: eles vestem a mística camisa, na qual insertaram o escudo com a estrela solitária do clube Botafogo de Futebol e Regatas alguns, envoltos também com o símbolo máximo dessa representação: a Bandeira Uruguaia. Para além da teoria e das narrativas da mídia impressa e televisionada, o conhecimento empírico será de vital apoio na composição deste trabalho. Para tal, entrevistei: jornalistas brasileiros e estrangeiros, ex-técnicos e companheiros de times, líderes das diferentes torcidas organizadas e o próprio Sebastian Abreu