Comunidade de Prática Exploratória como instrumento de reflexões sobre práticas e processos formativos de docentes de língua inglesa: um encontro multicultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Viana, Tamar da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19845
Resumo: A presente pesquisa tem sua configuração baseada na proposta ética e inclusiva da Prática Exploratória (ALLWRIGHT, 2005; MORAES BEZERRA 2003; MILLER et al., 2008) que encoraja o desenvolvimento mútuo e a agência dos participantes para a construção de entendimentos sobre questões que lhes são caras – sejam elas sobre o aprender, o ensinar ou sobre qualquer questão que afete a qualidade de vida no contexto escolar. Baseia-se também nas práticas de compartilhamento de experiências e vivências conforme proposto no conceito de Comunidade de Prática de Jean Lave e Etienne Wenger, criado em 1987 no Institute for Research on Learning. Esse conceito tem suas raízes na concepção de que a aprendizagem tem caráter social, isto é, envolve as relações sociais e tece ramos de produção de saberes a partir dessas relações (WENGER, 2010). A pesquisa tem suas bases metodológicas no paradigma qualitativo, cujo caráter permite que seja levada em consideração a pluralidade do conteúdo científico, bem como as diversas possibilidades de caminhos a serem seguidos durante a busca pelo entendimento das questões humanas (MORAES BEZERRA, 2007). A Prática Exploratória tem papel relevante no desenvolvimento de minha pesquisa, pois, apesar de não se tratar de uma metodologia no sentido estrito, como pontuado por Moraes Bezerra (2007), pode ser considerada como uma abordagem de pesquisa que conduz à reflexão gerada a partir de um trabalho que prioriza o entendimento de nossas práticas profissionais, das questões que podem surgir nas interações em sala de aula, ao invés de buscar soluções ou respostas sem reflexão ou ainda verdades absolutas, como se isso fosse possível, considerando a complexidade da vida em sala de aula, conforme Allwright (2005). A partir de tais concepções, foi criada uma comunidade reflexiva virtual internacional, com participantes da Jamaica e Brasil, a qual denominei de Comunidade de Prática Exploratória, ao inspirar-me no construto proposto por Lave e Wenger (1987). Por haver pessoas que moram na Jamaica e por estarmos vivendo o momento pandêmico, as interações foram possibilitadas através de uma plataforma virtual em encontros quinzenais. Essa foi uma forma de envolver os participantes da pesquisa que estavam em fase de formação e pós-formação para a docência de línguas em interações e compartilhamentos de experiências. Nesse coletivo intercultural, que interagiu por 2 meses durante a pandemia provocada pela Covid-19, foram geradas reflexões sobre as práticas pedagógicas do professor de inglês, especialmente envolvendo questões de afeto trazidas por quem estava atuando remotamente com seus alunos.