A reforma neoliberal da educação superior brasileira (1995 – 2006)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17435 |
Resumo: | Após crise do welfare state, nos países centrais do capitalismo, o Estado provedor e os projetos de desenvolvimento autocentrados no Estado passaram a ser questionados. Nas décadas seguintes, uma série de recomendações foram preconizadas por organizações financeiras e multilaterais direcionando reformas políticas e econômicas mundiais. Tratava-se de uma nova hegemonia do pensamento econômico liberal denominado neoliberalismo. A assunção de medidas afinadas com o neoliberalismo eclodiu no Brasil na década de 1990 e desde então foram assumidas pelo espectro político que caracterizo como social-democracia brasileira. O gerencialismo, modelo de gestão baseado nos pressupostos de eficiência e produtividade, impulsionou o país através das reformas estatais que atingiram o setor da educação superior submetendo-lhe à lógica da gestão empresarial. Esse modelo de gestão pública fortaleceu o processo em que as universidades perdem seu caráter de instituição social para se tornarem universidades operacionais, um tipo de organização social na qual o pragmatismo acadêmico adota critérios quantitativos para avaliar a aprendizagem e o trabalho docente aos moldes da administração empresarial, cuja qualidade é submetida à quantidade apoiada em sistemas de valores baseados em ranqueamento de instituições. A partir dessas circunstâncias, a expansão da educação superior dá-se principalmente pelo setor privado, que encara o mercado concorrencial pela demanda de cursos de graduação, tornando-os mercadoria oferecida por empresas do setor educacional. Este estudo objetivou a análise da reforma neoliberal da educação superior brasileira a partir de suas múltiplas determinações, tendo como escopo teórico-metodológico a tradição marxista, propondo análises de conjuntura, em diferentes níveis de totalidade, buscando significar a importância dos sujeitos políticos de classes e categorias que se fizeram representar ao nível político. Como parte da conclusão, busquei sugerir a categorização dessa reforma como neoliberal apontando a construção da hegemonia do capital financeiro dentro do bloco do poder durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a condição de dependência da burguesia de serviços educacionais e sua ascensão política no governo de Luís Inácio Lula da Silva que estimulou o avanço do ensino privado, inclusive no atendimento às classes trabalhadoras, muitas vezes subsidiadas por financiamento público. |