Educação para o empreendedorismo: limites e contradições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Duque, Felipe da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17403
Resumo: Este estudo tem como objetivo compreender a relação desenvolvida entre a noção de empreendedorismo e educação. Em sua trajetória de investigação, o presente trabalho explora a formação do modo de produção capitalista em sua essencialidade, a partir da constituição do Capital e os mecanismos utilizados pela classe dominante para prover sua manutenção, em destaque, a ideologia. A exploração de Gramsci e suas articulações em torno desse tema serão exploradas, com a dimensão concisa do processo que envolve a capilarização de uma visão do mundo, em destaque o empreendedorismo. Este transformado a partir das contribuições de liberais clássicos como Cantillon e Say e em uma tentativa arrojada de caracterização pelo intelectual Schumpeter no início do século XX. Nessa dimensão, a emergente literatura neoliberal, representada, principalmente, por von Mises, viria determinar o empreendedorismo como essência de nossa espécie, devendo ser lapidado em sua formação. Essa perspectiva ganha força a partir década de noventa, com os organismos transnacionais e toma a centralidade em diretrizes educacionais a serem incorporadas nos países periféricos, numa progressiva reverberação da lógica neoliberal de transformação da educação em mercadoria e disputa da consciência dos filhos dos trabalhadores nas escolas, onde se tem como horizonte qualquer fim emancipatório, mas conectado a formação do homem-empresa. Esse debate é reiterado a partir da análise dos periódicos do O Globo, onde a noção de empreendedor toma sentidos híbridos, mas que equaciona em sua forma exata a partir da década de dois mil e dez.