O lugar da interpretação em psicanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Teixeira, Maria Teresa Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14699
Resumo: A investigação do tema da interpretação em psicanálise enfatiza que esse conceito é o coração mesmo da teoria e da práxis analítica. Percorrendo os passos embrionários de Freud na elaboração de sua técnica interpretativa à nomeação da interpretação como paradigma da psicanálise, em A interpretação dos sonhos (1900), traçamos os pontos de convergência e apontamos os avanços do conceito da interpretação, a partir das reformulações de Jacques Lacan. Sublinharemos a passagem do novo estatuto da interpretação psicanalítica que será examinada por Lacan, inicialmente, sob o prisma da dimensão da linguagem, a partir do diálogo entre psicanálise e lingüística estrutural, à abordagem da interpretação sob o referencial da matematização e da topologia, com a interpretação como corte. Esse contexto permite investigar a imbricação interpretação / lugar do analista / objeto a, numa correlação aos três registros da constituição humana: R.S.I.: o real, o simbólico e o imaginário. No retorno a Freud, Lacan opera o remanejamento da técnica da interpretação ao re-significar o inconsciente freudiano, entrelaçando a interpretação à tríade inconsciente / pulsão / linguagem, para designar o real com a idéia limite do que não tem sentido: o non-sens. Sob a égide da noção de estrutura, indicaremos a interpretação num percurso que se diz retrógrado à própria constituição do sujeito, que vai da representação ao irrepresentável, do sentido ao não-sentido, do mito (história ficcional) à estrutura (a-história), com o possível contorno do rochedo da castração freudiano. A interpretação psicanalítica visa o remanejamento dos traços das inscrições psíquicas libidinais, permitindo o sujeito a se confrontar com a incompletude, na assunção de sua determinação significante