Estudo geral sobre a associação entre segregação de renda, desigualdade de renda e mortalidade por todas as causas e causas específicas no Brasil.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4789 |
Resumo: | A associação entre fatores socioeconômicos e indicadores de saúde tem sido largamente estudada. Com frequência, a construção de infraestrutura necessária para abrigar uma população cada vez mais urbana é inadequada. Nesse cenário, o Neighborhood Sorting Index (NSI) se apresenta como um indicador capaz de evidenciar como ocorre o compartilhamento (ou separação) da área ocupada entre ricos e pobres, além das diferenças de renda. O primeiro artigo analisou a associação entre a razão de mortalidade padronizada por idade e sexo (RMP), por todas as causas e causas específicas, e o NSI, nas regiões metropolitanas do Brasil e municípios com mais de 100 mil habitantes, controlada pelo índice de Gini e pela renda per capita. O segundo artigo analisou a associação entre as RMPs e o NSI e o índice de Gini, nas regiões metropolitanas do Brasil e municípios com mais de 100 mil habitantes nos anos de 2000 e 2010. Os fatores socioeconômicos deste trabalho foram estimados a partir dos dados dos Censos Demográficos 2000 e 2010, utilizando os dados do universo agregado por setor censitário no artigo 1, e os microdados da amostra no artigo 2. E as RMPs foram estimadas para 2001 e 2011, com informações constantes no SIM/DATASUS. Os efeitos do NSI e do índice de Gini foram estimados em modelos de Poisson e modelos aditivos generalizados de Poisson. No primeiro artigo, verificou-se que o NSI é um fator de risco para mortalidade geral, exceto causas externas e cardiovasculares, e para mortalidade por causas cardiovasculares quando analisado isoladamente. Ao incorporar índice de Gini e renda per capita, o efeito do NSI é atenuado para ambos os desfechos. Com relação à mortalidade por causas externas, o NSI pode ser considerado como efeito de risco para a RMP. Ao controlar pelo índice de Gini e renda per capita, ou por suas respectivas splines, essa relação é intensificada. No que se refere ao segundo artigo, o NSI foi fator de risco para a RMP apenas para as mortes por causas externas e cujos modelos contavam somente com o NSI. Ao incorporar o Gini e a renda per capita, o efeito foi atenuado ou não significativo. Esse efeito de risco do NSI foi mais presente em 2010 do que em 2000. Com relação ao efeito do índice de Gini, nota-se que ele é fator de risco para a morte por todas as causas analisadas, em ambos os períodos analisados. Entretanto, o efeito do Gini na mortalidade diminuiu entre os anos de 2000 e 2010. Concluindo, os resultados desta tese sugerem que tanto o NSI quanto o índice de Gini têm efeitos na mortalidade, sendo que o efeito do NSI se intensificou e o do Gini enfraqueceu no período entre 2000 e 2010. |