Psicanálise na rua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rangel, Adriana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18765
Resumo: A partir de um percurso de pesquisa com os consultórios de rua do SUS passando pela construção de uma assistência clínica e política no território, desconstrói-se a ideia de que o sofrimento psíquico da população em situação de rua advém da droga dependência. A rua revela uma faceta complexa onde a droga está no que em psicanálise se entende como um curto-circuito pulsional. O sofrimento psíquico, contudo, se situa na segregação que essa população vive. A tese pensa então o conceito de segregação desde Freud e Lacan com a questão do próximo e do semelhante como ponto estrutural da vida em sociedade. O trabalho de clínica na rua pode revelar a necessidade de um recanto de escuta e pensar consequências na relação entre estado e clínica psicanalítica nos tempos de neoliberalismo. Compreendemos que a psicanálise faz um furo na ideologia possibilitando de um lado que nós escutemos o sujeito em seu sofrimento psíquico e de outro a produção de uma práxis na cidade que não espera o estado para atuar. Essa prática trouxe um engajamento com os movimentos sociais e a articulação com o Movimento Nacional de Pessoas em Situação de Rua (MNPSR). O trabalho segue no território atualmente com uma sede própria e uma equipe de oito analista do Laço Analítico Escola de Psicanálise.