Seguimento de mulheres rastreadas para o câncer de mama com lesões provavelmente benignas no estado do Rio de Janeiro.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/3991 |
Resumo: | No Brasil, desde 2004, o Ministério da Saúde preconiza o rastreamento do câncer de mama e, para as mulheres que apresentam resultado com lesões provavelmente benignas, é recomendada a realização de um controle radiológico após seis meses do resultado. Esta pesquisa tem por objetivo avaliar a adesão a estas recomendações analisando o seguimento de mulheres rastreadas para o câncer de mama com lesões provavelmente benignas no último trimestre de 2011 no estado do Rio de Janeiro por pelo menos dois anos, comparando as características destas mulheres e que foram identificadas posteriormente nas bases de dados consultadas com aquelas não identificadas, estimando o tempo mediano entre a data de liberação da mamografia inicial e a realização do exame de controle e investigando os fatores associados à esse tempo. Como fontes de dados foram utilizados o Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA) e o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Foi aplicada uma metodologia de relacionamento entre as bases de dados do estado do Rio de Janeiro e, a partir das mulheres rastreadas com lesão provavelmente benigna, foi avaliado o seguimento. Foi calculada a distribuição das características sociodemográficas, clínicas, radiológicas e assistenciais das mulheres identificadas no SISMAMA e no SIM e das que realizaram o controle radiológico no período estudado. Também foram avaliadas as características clínicas e radiológicas relacionadas à mamografia de controle. Foram utilizados o método Kaplan-Meier e o teste Log-rank para comparar os estratos das variáveis e o modelo de riscos proporcionais de Cox a fim de avaliar fatores associados à repetição do exame. A coorte de referência foi construída com 1261 mulheres. Foram identificadas nos sistemas 498 mulheres e destas, 482 realizaram o controle radiológico. O tempo mediano entre a liberação do primeiro exame e a realização do controle foi de 12 meses. Os intervalos relacionados à solicitação, realização e liberação do controle a partir da liberação do primeiro resultado foram maiores que 9 meses para mais da metade das mulheres. Na comparação dos estratos das variáveis, apenas o município de residência e a faixa etária apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Idade igual ou menor que 70 anos, residir fora da capital e apresentar risco para o câncer de mama foram associadas a um menor tempo para a realização do controle. O tempo mediano relacionado à repetição do exame foi considerado alto, o dobro do recomendado pelo Ministério da Saúde. Os achados deste estudo sugerem necessidade de melhorias no registro das informações, no acesso às ações de detecção precoce e na qualificação dos profissionais para o sucesso das ações de controle do câncer de mama. |