Palicourea Aubl. (Rubiaceae) da Mata Atlântica brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Manão, Carla Y Gubáu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23066
Resumo: Palicourea Aubl. (Rubiaceae) é um gênero neotropical com cerca de 250 espécies no mundo e representada por 56 espécies, seis subespécies e uma variedade no Brasil, popularmente são conhecidas como erva-de-rato. As espécies brasileiras ocorrem principalmente no sub-bosque da Mata Atlântica (15 spp. e duas subespécies), na Floresta Amazônica e, em menor número, no Cerrado e, ocasionalmente, em Campo rupestre. As espécies de Palicourea podem ser reconhecidas pela presença de estípulas bilobadas, inflorescências coloridas, flores tubulares, presença de disco nectarífero e de um anel de tricomas na região interna da corola. A circunscrição dos táxons em nível específico se torna muito complexa, considerando a diversidade morfológica intraespecífica e caracteres que se sobrepõem. O presente estudo objetivou revisar a taxonomia das espécies dePalicoureada Mata Atlântica brasileira, fornecer descrições atualizadas e inferir sobre as delimitações das espécies utilizando análises de filogenia morfológica e molecular, empregando os marcadores ITS, ETS e trnL/F. Os resultados obtidos revelaram a existência de 11 espécies de Palicourea para a Mata Atlântica brasileira: P. blanchetiana Schltdl., P. crocea (Sw.) Roem. &Schult., P. fulgens (Müll. Arg.) Standl., P. guianensis Aubl., P. longepedunculata Gardner, P. macrobotrys (Ruiz &Pav.) Schult., P. marcgravii A.St.-Hil., P. rigida Kunth, P. rudgeoides (Müll. Arg.) Standl., P. tetraphylla Cham. &Schltdl. e P. veterinariorum J.H.Kirkbr. Para os táxons são fornecidas chave de identificação, descrições, dados de distribuição, etimologia, nome popular, status de conservação, época de floração e frutificação, comentários, lista de materiais examinados e ilustrações. Foram designadas duas novas lectotipificações, estabelecidas três novas sinonímias e excluídas duas espécies e uma subespécie. A segregação das espécies só foi possível, quando as características morfológicas foram avaliadas em conjunto, como o tipo e a forma da inflorescência, associado aos padrões de coloração da flor, a forma dos lobos da estípula, o tipo de disco nectarífero e variações na seção transversal dos caules. A análise da filogenia morfológica corroborou a complexidade do gênero, revelando baixas relações de proximidade morfológica entre algumas espécies de Palicourea, com resolução interna no clado que variou entre 14 e 56% Bootstrap. Já a utilização dos marcadores moleculares ITS, ETS e trnL/F se demonstraram ineficiente para análise proposta, não sendo possível estabelecer um protocolo de amplificação para as espécies, o que consequentemente impossibilitou o sequenciamento das amostras e a possibilidade de se inferir sobre a filogenia baseada em dados moleculares das Palicourea estudadas.