Uso de aluminossilicatos para adsorção de amônio do lixiviado de aterro e seu aproveitamento como adubo na plantação de rabanetes (Raphanus sativus)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Química BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15629 |
Resumo: | A presente tese visa avaliar a capacidade de aluminossilicatos (argilas e zeólitas) em adsorver os íons amônio, presentes em lixiviados de aterro sanitário, e comparar o seu desempenho como fertilizantes na plantação de rabanete frente aos fertilizantes comerciais. Testes de adsorção foram feitos com os materiais adsorventes com soluções padrão de cloreto de amônio visando a obtenção das isotermas e cinética de adsorção. Foi observado que as argilas apresentam características diferentes de adsorção comparadas às zeólitas, sendo que argilas comerciais C3 adsorveram 83% dos íons amônio enquanto que a zeólita comercial (Z) atingiu 10% a menos, em média. O lixiviado coletado do aterro sanitário de Gramacho/RJ foi caracterizado e o amônio presente foi removido por destilação. O destilado contendo os íons amônio foi colocado em contato com os dois materiais adsorventes (C3 e Z). A argila C3 confirmou a sua melhor capacidade de remoção (95% NH4+ presente no lixiviado) comparada à zeólita. Entretanto optou-se em continuar os estudos utilizando a zeólita devido a sua maior facilidade operacional. Estas zeólitas enriquecidas com amônio foram utilizadas como uma fonte de nitrogênio nos testes de lixiviação em colunas e no plantio de rabanetes onde seu comportamento e eficiência foram comparados com os fertilizantes comerciais em solos tipicamente brasileiros. Foram utilizadas amostras de solo argiloso (ARG) e arenoso (ARE) ligeiramente ácidos, que foram corrigidos por calagem para o plantio, gerando os solos tratados ARG-T e ARE -T. O solo ARG apresentou-se eutrófico com maior capacidade de troca de cátions (CTC) do que o solo ARE distrófico. No teste de lixiviação em colunas, os tratamentos com fertilizante promoveram uma melhoria nos parâmetros químicos do solo. O solo ARE, por ter uma CTC menor que o solo ARG, teve uma maior lixiviação dos nutrientes. Em relação ao plantio de rabanetes, nos vasos de solo ARG e ARG-T, todos os tratamentos formaram folhagem e rabanete, porém no solo ARG-T, o tratamento com nitrato de amônio teve rendimento melhor que os demais. Nas amostras de solo ARE foram obtidos os valores de menor rendimento, principalmente para o tratamento Z, onde não foi observada a formação de rabanetes. A correção do solo por calagem foi significativa, tendo em vista a melhoria do rendimento do tratamento Z no solo ARE-T. A proposta de utilizar o tratamento Z como fertilizante é viável em solos argilosos eutróficos e solos arenosos tratados, pois nessas condições obtiveram-se resultados mais competitivos deste fertilizante em relação aos fertilizantes comerciais. |