Espaço e ritmo: estudo das práticas dos artistas de rua como formas de apropriação do espaço público
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16402 |
Resumo: | O objetivo principal dessa tese é identificar as práticas dos artistas e coletivos de rua como formas de apropriação do espaço público, através de elementos de ritmanálise. Num primeiro momento, é necessário discernir abordagens vinculadas ao estudo dos ritmos na Geografia, destacando as possibilidades que oferecem para tratar dessas experiências afetivas urbanas. O pontapé inicial para a elaboração do arcabouço teórico desse trabalho é o livro “Elementos de ritmanálise: introdução ao estudo dos ritmos”, de Lefebvre (1992), que permite abordar as interferências das práticas dos artistas e coletivos de rua nos ritmos do cotidiano da cidade do Rio de Janeiro. A ideia de “estórias-até-agora” e a conceituação do espaço relacional por Massey (2008) permite enfatizar os percursos dos artistas de rua para compreender suas performances e suas interações afetivas no espaço urbano. Os aportes de Stavrides (2014, 2016a) possibilitam compreender as habilidades e as modalidades de atuação dos artistas e coletivos de rua e explorar as relações de poder e as possibilidades coletivas de construção e expansão de “espaços comuns emergentes” na cidade em crise. Essa pesquisa é de natureza participativa e observadora, pois o pesquisador está envolvido no campo de pesquisa das artes de rua, no Rio de Janeiro e no Brasil, desde 2011. Além das observações e relatos do diário de campo, foram efetuadas entrevistas qualitativas com cada um dos sete artistas e coletivos de rua, cujos relatos serviram de material empírico para a construção da tese. Foram também realizados cinco mapeamentos de trajetórias de atuação e expostas duas filmagens com a técnica time-lapse, para retratar a dinâmica dos fluxos de lugares onde artistas de rua se apresentam. O caráter multi-escalar do conceito de ritmo guiou a escolha dos encaminhamentos metodológicos, que buscaram apreender as práticas dos artistas e coletivos de rua em três escalas distintas: corpo-artista, corpo-roda e corpo-cidade. A escala do corpo do artista de rua envolveu destacar a particularidade dos fazeres de cada um dos artistas e coletivos de rua no foco da pesquisa. A escala do corpo-roda significou se atentar à dimensão afetiva das interações entre os interventores e os passantes e moradores dos lugares de apresentação. A escala do corpo-cidade levou a analisar em qual medida essas práticas dos artistas de rua têm uma ancoragem no imaginário urbano e descrevem a construção de “espaços comuns emergentes” (Stavrides, 2014), que podem ocasionar trocas e redes afetivas suscetíveis de delinear uma expansão desses fazeres e saberes no espaço urbano. |