Olha, eu fiz o GDE, meu bem! : uma análise da capilaridade da política pública curricular no curso Gênero e Diversidade na Escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cruz, Thalles do Amaral de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
GDE
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10288
Resumo: Esta tese é parte integrante da linha de pesquisa Currículo: sujeitos, conhecimentos e cultura e do grupo de pesquisa Currículo, cultura e diferença coordenado pela Profª Drª Elizabeth Fernandes de Macedo. Neste trabalho analisei um desdobramento das políticas igualitárias postas em práticas no Brasil a partir de 2003, uma política pública curricular que pretendeu levar a cabo transformações sociais, o curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE). Meu objetivo neste trabalho foi afirmar a potencialidade de políticas públicas curriculares capilares como esta na desconstrução de regimes de verdades discriminatórios e excludentes. Além disso entendo tal política pública curricular como uma técnica de governamentalidade cujo foco de suas ações eram @s docentes, que deveriam introjetar em seus processos de subjetivação uma nova normatização não heteronormativa, não sexista e não racista, fazendo com que se autorregulassem, internalizando tais valores e práticas contribuindo assim no rompimento do ciclo de formação de subjetividades e práticas homofóbicas, racistas e misóginas em nosso país. Os efeitos convulsivos por parte de grupos conservadores são analisados aqui como uma reação também à estas políticas públicas levadas a cabo que de alguma forma desafiaram alguns dispositivos e/ou paixões normativas de produções de privilégios ao levar a discussão da produção da diferença para dentro do Ministério da Educação. Para isso, utilizei como aporte teórico estudos pós-coloniais, estudos pós-estruturais, teoria do discurso, discussões do campo do currículo e teoria queer. Metodologicamente, além da análise de legislações, reportagens e da revisão bibliográfica, utilizei principalmente, e de forma inédita, o acervo do projeto GDE+5 elaborado através de uma parceria entre a SPM/PR, SEPPIR/PR, SECADI/MEC e o CLAM/UERJ, e que tinha como objetivo geral avaliar esta política pública. A análise evidenciou que mesmo sob forte ataque conservador a este tipo de política na educação nos últimos anos, o GDE, enquanto existiu, se capilarizou em todas as suas fases, e seus objetivos diante das pessoas que se envolveram com o curso foram, em grande parte, alcançados