Casos de polícia e redes de política: uma análise das políticas de segurança pública a partir da Zona Sul do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Péres, Clara Gomes Polycarpo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19425
Resumo: A percepção sobre o crescimento da violência urbana nas grandes cidades, como Rio de Janeiro, tem reordenado as políticas de segurança pública nos âmbitos federal, estadual e municipal. A militarização de territórios e populações, aprofundada a partir do modelo de pacificação e seus dispositivos de ordenamento e controle, pode ser pensada como uma das etapas de (re)construção das fronteiras e territorialidades da cidade, tanto por meio de seus casos de polícia, quanto através de suas redes de política. Neste cenário, é necessário perguntar: como são disputadas e constituídas as redes de operacionalização das políticas de segurança pública no Rio de Janeiro? A partir de um estudo de caso em um dos bairros da Zona Sul, cartão-postal da cidade, esta tese tem como foco analisar os imbricamentos entre os casos de polícia e as redes de política, ao investigar a participação e a negociação de moradores(as) do bairro de Copacabana na construção de uma agenda de políticas de segurança pública, em parcerias com órgãos públicos e setores do mercado, e a própria operacionalização destas políticas em novas funções policiais, novos dispositivos legais e novos enquadramentos na atualidade. O que se apresenta como novidade em um contexto pós-pacificação é o aperfeiçoamento de mecanismos de vigilância, controle e policialização capazes de produzir novas sociabilidades e subjetividades orientadas por uma lógica milicianizada de segurança que marca uma crise permanente da segurança pública.