Uerj em movimento: da resistência democrática à democracia da (re)existência(1985/2016).
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14846 |
Resumo: | Este trabalho tem como objeto de investigação o trabalho e o movimento docente na Uerj, no período de 1985 a 2016. A hipótese central é a de que o movimento docente foi fundamental para as transformações realizadas na universidade em questão, de uma instituição do tipo escolão para uma das maiores universidades públicas brasileiras. Esta pesquisa partiu, primeiramente, dos depoimentos concedidos pelos seus professores, entrelaçando memória individual, memória coletiva e a história da Uerj. Sabemos que a potência da história oral reside, em um dos seus vértices, na possibilidade de incorporação das vozes de diferentes sujeitos, auxiliando na construção da memória coletiva. Assim, o debate entre história e a memória nos auxilia a potencializar novas chaves para a inteligibilidade do passado. A história do tempo presente permite uma visão singular para compreender as relações entre a ação voluntária, a consciência dos homens e os constrangimentos desconhecidos que as encerram e as limitam; uma narrativa rica na possibilidade de compreender o quanto o agir humano é o fundamento essencial da nossa concepção de história. Ao periodizar a história da universidade, optamos por realizar determinados cortes temporais, consubstanciados na relação entre a análise do objeto e sua conexão com o contexto histórico de sua inserção. A Uerj passou por mudanças significativas nesse curto espaço de tempo que são fruto das ações humanas que se tornam difíceis de serem compreendidas em sua totalidade em um único texto. Ao tentar compreender o contexto histórico que compõe o cenário dos sujeitos sociais participantes da pesquisa, através de suas memórias e das fontes primárias e/ou secundárias, aproximamo-nos do conceito de experiência do historiador E. P. Thompson (1981). Nesse caminho, em nosso trabalho, a categoria da experiência é útil para resgatar a dimensão humana do processo social. Entendemos a importância da concepção de experiência em Thompson para debater a relação entre categorias de análise e empiria, entre ser social e consciência social, entre cultura e classe social. Entretanto, é fundamental compreender que os nossos sujeitos, os entrevistados, professores universitários, a priori intelectuais, são seres humanos dotados de alta capacidade de racionalização e compreensão da realidade, mas nem por isso deixam de ser marcados pelos processos sociais como todos os seres humanos inseridos na sua temporalidade. Esses seres sociais estão inseridos em nossa pesquisa pela posição que ocuparam na história da universidade e/ou do seu movimento docente. São professores que agiram em um momento histórico determinado, por pressões e situações concretas, em um contexto de avanço nacional e internacional de subordinação do trabalho intelectual ao capital. Nesse caminho, tenso e crítico, construímos possibilidades para compreender a relação entre a trajetória do movimento e o trabalho docente na universidade |