A positividade como caminho para desenvolver a resiliência em adolescentes com câncer
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20547 |
Resumo: | O presente estudo está inserido no campo teórico da psicologia positiva e investiga a relação entre dois construtos: a positividade (emoções positivas) e a resiliência na perspectiva de adolescentes com câncer. Objetivos: Identificar a frequência das emoções positivas e negativas dos participantes. Identificar o índice de resiliência dos participantes. Tentar verificar se as variáveis (emoções positivas e resiliência) estão relacionadas. Método: trata-se de um estudo exploratório descritivo. Participantes: 10 adolescentes, entre 12 e 18 anos com câncer em tratamento. Instrumentos: teste de positividade e escala de resiliência. Entrevista semi-estruturada. Procedimento: a pesquisa foi desenvolvida na casa Ronald, situada na cidade do Rio de Janeiro. Os participantes assinaram junto com seus responsáveis o termo de consentimento livre e esclarecido. Realizaram os testes e responderam à entrevista. Resultados e discussão: O teste de positividade mostrou um índice maior de emoções positivas do que emoções negativas. As emoções positivas mais pontuadas foram: gratidão, amor, esperança e interesse. Sobre a escala de resiliência, todos os participantes exibiram alto índice de resiliência. Os dados qualitativos oriundos da entrevista e da observação de campo geraram as seguintes categorias: fatores protetivos (espiritualidade; integração social; ambiência familiar; significado derivado da esperança; enfrentamento corajoso e autotranscendência) e; fatores de risco (incertezas em relação aos efeitos da doença; e enfrentamento defensivo/evitativo) (Haase et al., 2017). Foi utilizada a correlação de Spearman para medir a relação entre as categorias e o índice de resiliência. O escore de resiliência não apresentou relação significativa com nenhuma das categorias estudadas. Contudo, a espiritualidade apresentou escore aproximado com a resiliência. As categorias que mais se destacaram foram: espiritualidade, sentido derivado da esperança e autotranscendência. Conclusão: Embora não tenha sido possível apontar uma correlação de dependência estatística entre emoções positivas e resiliência, ambas apresentaram índices elevados no grupo investigado, sugerindo uma relação entre as duas variáveis. Mediante os resultados encontrados, foram propostas algumas práticas complementares: exercício contínuo da gratidão, fortalecimento da espiritualidade, promoção de um espaço de escuta e voz ao adolescente com câncer. Sugere-se que essas medidas abarquem o adolescente com câncer, seus familiares e a equipe de saúde com o objetivo de promover aumento do bem-estar e florescimento a todos os envolvidos. |