O efeito agudo do exercício físico nas funções executivas de crianças e adolescentes
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18789 |
Resumo: | Além da importância do estilo de vida ativo como estratégia profilática e terapêutica de doenças físicas e mentais, estudos recentes apontam os efeitos agudos promissores do exercício físico no desempenho cognitivo de crianças e adolescentes. As funções executivas podem impactar na qualidade de vida, assim como no aprendizado, raciocínio, solução de problemas e sucesso em aspectos sociais e emocionais durante a vida. Com objetivo de investigar as relações entre funções executivas e capacidades físicas; e o efeito agudo do exercício físico nas funções executivas de crianças e adolescentes, foram desenvolvidos três estudos para essa dissertação. Estudo 1: Uma revisão sistemática e metanálise com objetivo de analisar estudos que avaliaram o efeito agudo de uma sessão de exercício físico no desempenho das funções executivas de crianças e adolescentes. Foram identificados 5.991 estudos através da busca nas bases de dados e, ao final das etapas de seleção, foram incluídos 25 estudos na metanálise. Foi identificado resultado positivo do efeito agudo do exercício físico no controle inibitório de crianças entre 5 e 17 anos de idade (SMD= 0,11; CI95%= 0,03 – 0,20; p= 0,006). Os melhores resultados foram observados após treinamentos aeróbios, com intensidade moderada e duração de 16 a 35 minutos. Estudo 2: Um estudo de corte transversal com objetivo de investigar a relação entre funções executivas, capacidades físicas e competências socioemocionais de crianças entre 8 e 12 anos de idade. Das oito variáveis de capacidades físicas incluídas na análise, sete apresentaram ao menos um resultado significativo de correlação com as funções executivas, destacando como resultado mais expressivo a relação entre controle inibitório e coordenação motora óculo-manual. Nenhum resultado significativo foi encontrado em relação às competências socioemocionais. Estudo 3: Um estudo controlado randomizado com objetivo de analisar o efeito agudo do exercício físico nas funções executivas de crianças. Foram incluídas 24 crianças entre 9 e 10 anos de idade que foram aleatoriamente alocadas no grupo controle (GC), que não realizou exercício, e no grupo exercício (GE), que realizou uma aula de Educação Física. Os testes cognitivos (Teste de Stroop e Tarefa de Dígitos) foram realizados antes e imediatamente após as sessões de cada um dos grupos. O GE foi dividido em dois subgrupos de acordo com o tempo de duração (25 e 45 minutos). A ANOVA 2-way e a comparação dos deltas (pós – pré sessão) mostraram não haver diferença significativa entre os grupos nas funções executivas investigadas. A partir do resultado dos três estudos da presente dissertação, conclui-se que o efeito agudo do exercício físico pode beneficiar temporariamente a cognição de crianças e adolescentes, além de evidenciar a provável relação positiva entre capacidades físicas e funções executivas, com destaque para a capacidade da coordenação motora óculo-manual predizer de 25 a 34% o desempenho do controle inibitório de crianças. O desenvolvimento de um programa de exercícios físicos de caráter aeróbio, com intensidade moderada e duração de 16 a 35 minutos pode favorecer o desempenho das funções executivas de crianças e adolescentes de forma aguda, assegurando maiores níveis atencionais e favorecendo, inclusive, o aprendizado. |