A formação do regime internacional anticorrupção e os (des)caminhos da Operação Lava Jato no Brasil
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20211 |
Resumo: | Este trabalho trata da formação de um regime internacional anticorrupção, da sua internalização no Brasil, e da sua influência sobre a Operação Lava Jato. Entendemos que a formação desse regime remete a considerações comerciais e geopolíticas do ator responsável pela sua criação, o governo do Estados Unidos. Mais especificamente, ela remete a preocupações relacionadas à competitividade global das empresas estadunidenses por conta da aprovação de uma norma que proibia o pagamento de propina transnacional, o Foreign Corrupt Practice Act (FCPA). Com a criação do regime nos 1990, em um contexto de unipolaridade, o Brasil aderiu a ele, internalizando seus preceitos. Tal internalização ancorou-se em uma agenda anticorrupção assumida pelos governos petistas, mas foi liderada por integrantes da burocracia ligada ao combate à corrupção inseridos em redes transnacionais de difusão de políticas públicas, com pouco oversight dos políticos. As transformações oriundas desta internalização, associadas a tendências já existentes no país, fortaleceram a rede de accountability no país, contribuindo para a autonomização das instituições que integram esta rede. Entendemos que a crise política do governo de Dilma Rousseff – um fator conjuntural – abriu uma janela de oportunidade para que tais atores da rede de accountability mobilizassem suas capacidades para interferir no jogo político. Neste contexto, tais atores tomaram para si a bandeira da anticorrupção, uma bandeira historicamente usada no Brasil no âmbito de disputas político- partidárias, mas que foi capturada por atores integrantes da rede de accountability e, mais especificamente, por atores do sistema de justiça. Entendemos que esta análise em dois níveis – doméstico e internacional – pode contribuir para um entendimento do entrelaçamento entre a instrumentalização política da anticorrupção no nível doméstico com a sua instrumentalização no nível internacional. |