O processo ambientalizador e a etiqueta ambiental da empresa que pensa verde : o caso da Companhia Siderúrgica Nacional

• Ano de defesa: 2006
• Autor(a) principal: Corrêa, Sílvia Borges
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
• Palavras-chave em Português: Environment; anthropology and enterprises; Meio ambiente; Antropologia; Empresas; Companhia Siderúrgica Nacional (Brasil) Aspectos ambientais; Eco-rotulagem; Proteção ambiental; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8368

Esta tese trata do processo de ambientalização da CSN-Companhhia Siderúrgica Nacional, cuja principal unidade de produção de aço se localiza na cidade de Volta Redonda, na região sul do estado do Rio de Janeiro: a UPV-Usina Presidente Vargas. Empresa que possui um longo histórico de agressões ao meio ambiente e que, no passado recente, admitiu ser o maior poluidor do rio Paraíba do Sul, hoje, após sua privatização, a CSN se apresenta como uma empresa que pensa verde . Buscando uma visão relativizadora no que tange à internalização da questão ambiental pelas organizações empresariais, e tendo como referência a CSN, trata-se de entender de que forma aquela empresa se apropria das questões ambientais e da idéia de preservação do meio ambiente enquanto discurso e prática empresarial. Através de uma perspectiva teórica que incorpora, de um lado, a obra de Norbert Elias, que remete à idéia de civilização dos costumes, trata-se de compreender as transformações ocorridas no universo empresarial, no que se refere à incorporação dos parâmetros ambientais no processo produtivo, como uma nova etiqueta, isto é, como um novo modo de conduta a ser seguido pelas empresas. De outro lado, tomando como referência as contribuições de Marshall Sahlins, essas novas práticas adotadas pela CSN, vistas como ações simbólicas, são analisadas como parte de um processo que envolve a apropriação seletiva e a reelaboração simbólica dos acontecimentos no campo ambiental em referência a um esquema cultural empresarial.