Caracterização estratigráfica, petrográfica e qualidade de rochas reservatório dos arenitos do Membro Siderópolis na região carbonífera de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Assis, Fernanda Botelho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7159
Resumo: O presente trabalho tem como escopo principal a caracterização petrográfica, petrofísica e estratigráfica dos arenitos do Membro Siderópolis pertencentes à Formação Rio Bonito, na região carbonífera de Santa Catarina. A fim de aprimorar essa caracterização, foi também realizado o modelo de soterramento da unidade; além de perfis estratigráficos; seções geológicas; bem como mapas estrutural e paleogeográficos. O mapa estrutural da base da camada Barro Branco permitiu identificar o rebaixamento estrutural no centro da área de estudo, ressaltando dois sistemas principais de falhas na região (NW-SE e NE-SW). Treze faciologias foram determinadas a partir da descrição dos testemunhos, as quais compõem seis associações de fácies interpretadas como depositadas em ambiente costeiro associado à laguna-ilha barreira. As seções cronoestratigráficas permitiram compreender a evolução deposicional do Membro Siderópolis e identificar um ciclo transgressivo-regressivo completo. No evento transgressivo houve o desenvolvimento e avanço dos depósitos de barreira sobre os lagunares. Enquanto no evento regressivo, o empilhamento progradacional do pacote sedimentar é caracterizado pelo registro deposicional lagunar em todos os poços e a formação das principais camadas de carvão da região. A evolução diagenética dos arenitos do Membro Siderópolis é composta pelos três estágios diagenéticos: a eodiagênese (cujos principais constituintes são: argila infiltrada, caulinita, crescimento de quartzo, cimentos de siderita e calcita); a mesodiagênese (composta por calcita poiquilotópica, crescimentos de feldspato e quartzo, além de ilita, clorita e albita); e a telodiagênese (óxidos/ hidróxidos de ferro). Relacionando a diagênese com a história térmica e de soterramento (realizado segundo a técnica backstripping), nota-se que a unidade estratigráfica permaneceu no campo da eodiagênese na maior parte de seu tempo. Fato este que, associado à presença de percolação de água meteórica pelas camadas de carvão, acentuou a atuação dos processos eodiagenéticos como a caulinitização e dissolução. Ainda, a precipitação relativamente rasa em temperatura mais fria (aprox. 1450m e 100ºC) de albita, assim como as cimentações assíduas de clorita, ilita e crescimentos de quartzo na área de estudo, sugerem influência de circulação de fluidos quentes relacionados ao magmatismo Serra Geral. Quatro petrofácies foram definidas para o membro estudado utilizando dados petrofísicos e petrográficos, dentre as quais a petrofácies A é a que apresenta o melhor potencial para reservatório. De todo modo, este estudo mostra que é necessário maior cuidado na caracterização destes arenitos como reservatório. Uma vez que, a variedade faciológica, zonas com maior cimentação carbonática, níveis de intensa concentração de argilominerais autigênicos, e intensa cimentação de quartzo e feldspato geram grande heterogeneidade e compartimentação, tornando a distribuição da porosidade e permeabilidade bastante diversa no reservatório.