Programa de Colaboração Docente na Educação Infantil: a sala de recursos como mediador de desenvolvimento profissional para inclusão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Maciel Cristiano da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10297
Resumo: Os serviços de educação especial para educação infantil sofreram uma descontinuidade no modelo político de inclusão escolar. Somente em 2013, com a obrigatoriedade de matricula das crianças de 4 anos, que as salas de recursos passam a atender essa faixa etária. Em vista de compreender os caminhos de atendimento para inclusão escolar que são possíveis no contexto da educação infantil, questionamos: que mudanças uma proposta de trabalho colaborativo entre professora especialista e generalista corroboram ao desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas na Educação Infantil? Com isso, traçamos reflexões sobre o desenvolvimento profissional docente e do trabalho colaborativo como estratégia de formação continuada, entendendo a importância do profissional da sala de recursos em instituições de educação infantil e seu papel formativo no cotidiano educacional. Com base neste arcabouço, este estudo teve por objetivo planejar, executar e avaliar um processo de colaboração entre professora de sala de recursos e professoras de educação infantil para construção de práticas pedagógicas destinadas às crianças com autismo. A pesquisa foi realizada em um Espaço de Desenvolvimento Infantil no município do Rio de Janeiro com três professoras, sendo: duas professoras de Educação Infantil e uma professora de sala de recursos. Utilizamos dos pressupostos da pesquisa ação, que foi organizada em três fases. Na fase exploratória produzimos dados iniciais para a pesquisa com conversas, entrevistas e questionários. Na fase de mediação construímos junto com a professora da sala de recursos a Ficha de Consultoria para Inclusão Escolar e aplicamos as etapas do programa de colaboração. O programa consistiu na observação da prática docente, seguido do diálogo da professora de sala de recursos com pesquisador e, por fim, na conversa entre pares com as professoras. Na fase de avaliação utilizamos questionários e entrevista individual e coletiva, procurando entender os efeitos do programa pela ótica dos sujeitos de pesquisa. Os dados produzidos foram tratados de modo variado, conforme cada instrumento. Os questionários foram sistematizados por categorias presentes nos mesmos. Os registros de campo foram organizados previamente, em seguida submetido a análise temática. Os dados verbais foram transcritos e seguiram para análise temática e/ou da narrativa. Os resultados demonstram que os percursos de desenvolvimento profissional da professora de sala de recursos, a constituíram de saberes que conduziram à atuação na sala de recursos em instituição de educação infantil e podem ter contribuído na construção de parceria e prática junto com as Professoras de Educação Infantil. O programa de colaboração se constituiu de mudanças conjuntas que promoveram a adequação à realidade do campo de investigação. O programa de práticas colaborativas viabilizou um terceiro espaço, já que os participantes atuaram reciprocamente favorecendo um processo de reflexão conjunta sobre a prática, onde a ficha de consultoria para Inclusão Escolar desencadeou outras percepções sobre o fazer pedagógico, por propiciar negociações e reflexões sobre o cotidiano que envolvia tensões curriculares, organizações espaço-temporais e trabalho compartilhado. Percebemos que a proposta de colaboração possibilitou tanto a mudanças no olhar como possibilitou negociações sobre a prática realizada. Situação que favoreceu a ampliação de feedback e orientação profissional sobre atuação docente