Identificação molecular de remanescentes ósseos de cetáceos do período de exploração baleeira da Antártica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Anjos, Dafne Adriana Abreu dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23029
Resumo: No início do século XX, houve intensa atividade baleeira na Antártica, cujos vestígios são representados na atualidade em forma de ruínas e numerosos ossos de baleia espalhados pelas Shetlands do Sul. Nesses anos, centenas de milhares de baleias foram capturadas, especialmente rorquais. Apesar desses vestígios históricos se encontrarem expostos durante longos anos a elementos degradantes, o ambiente antártico proporciona condições favoráveis à preservação desses ossos, com ciclos de congelamento e temperaturas baixas durante todo o ano. Desse modo, esses fragmentos ainda podem apresentar DNA viável para identificação molecular das espécies. O presente estudo teve como objetivo avaliar o uso do sequenciamento Sanger e da metodologia SpInDel, que se baseia na análise de pequenas regiões de inserção e deleção (InDel), com foco na identificação das espécies, por meio da análise de regiões do DNA mitocondrial, de antigos fragmentos ósseos datados do período baleeiro moderno, encontradas ao longo da Baía do Almirantado. Utilizando as metodologias propostas, o estudo realiza a primeira identificação molecular dos ossos de baleia depositados na Baía do Almirantado e tem como produto de inovação o Kit de Identificação Molecular de Cetáceos Antárticos, baseado em apenas três regiões de inserção e deleção com cerca de 300 pb dentro da região 16S e t-RNAs adjacentes. Nossos resultados corroboram os registros históricos de caça nas proximidades da região, de modo que puderam ser identificadas duas espécies de baleias conhecidamente alvejadas durante o período baleeiro.