Condições de trabalho e problemas de saúde dos profissionais de enfermagem em terapia intensiva cardiológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Valério, Raphael Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19064
Resumo: O presente visa o estudo das “condições de trabalho e os problemas de saúde dos profissionais de enfermagem atuantes em uma unidade de terapia intensiva cardiológica”. Objetivo: avaliar os problemas de saúde dos profissionais de enfermagem e sua relação com as condições de trabalho em uma unidade de terapia intensiva cardiológica de um hospital universitário. Método: quantitativo do tipo transversal, descritivo e exploratório. O campo foi uma unidade de terapia intensiva de cirurgia cardiovascular de um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro. A amostra foi composta por 53 trabalhadores de enfermagem mediante os seguintes critérios de inclusão: profissionais lotados no setor por no mínimo 6 meses e em regime de turnos (diurno e noturno). Excluídos os trabalhadores que não atuavam em turnos, gerentes e os que se encontravam de férias, licenças de saúde e outros afastamentos. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A coleta de dados foi realizada por meio dos instrumentos: caracterização da amostra; Identificação dos Fatores de Risco no Ambiente de trabalho; e Problemas de Saúde Percebidos pelos Trabalhadores (BOIX; VOGEL, 1997), adaptado por M. Mauro e C. Mauro (2009). Aplicou-se a estatística descritiva. Resultados: a amostra foi composta majoritariamente por técnicos de enfermagem, sexo feminino, casados, faixa etária acima de 46 anos e salarial entre 3 e 5 salários mínimos, com contrato de trabalho temporário que atuavam no setor há três anos, cumprindo carga horária semanal de 30 e acima de 40 horas ao considerar outros vínculos. Os riscos mais frequentes percebidos pelos trabalhadores foram: exposição a riscos biológicos (sangue e derivados), químicos (contato com substância química), físicos (raio-x, ruído, gases, vapores), ergonômicos (queda de materiais, postura forçada, esforço físico, sobrecarga de trabalho, longas jornadas, ritmo de trabalho acelerado, recursos materiais insuficientes, trabalho repetitivo e baixa perspectiva de crescimento). Dentre os problemas de saúde verificou-se: estresse, transtornos do sono, mudanças de humor e de comportamento, dores de cabeça frequentes, problemas osteomusculares, oculares, varizes e fadiga muscular. Conclusão: por se tratar de um estudo transversal e pelo fato de não terem sido realizados testes estatísticos com o objetivo de verificar a associação entre as variáveis, conclui-se que os fatores de risco e as condições de trabalho podem contribuir ou agravar os problemas de saúde relatados, principalmente ao considerar as cargas de trabalho presentes, as longas jornadas, o duplo vínculo empregatício além de outras variáveis. Há necessidade de medidas de cunho preventivo no intuito de minimizar os riscos, promover a saúde e a qualidade de vida no trabalho. Por consequência, decorre a melhoria da assistência e satisfação no trabalho.