Rio de Janeiro, cidade-mercadoria: (des)construções de sentidos sobre a cidade e sua marca em documentários internacionais de televisão em tempos de megaeventos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gotardo, Ana Teresa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16538
Resumo: Esta pesquisa objetiva compreender como se dão a construção e as mudanças de sentidos em relação à cidade do Rio de Janeiro e sua marca em documentários produzidos por estrangeiros e veiculados por redes de televisão internacionais durante o chamado “momento olímpico”. O trabalho foi realizado a partir de uma construção metodológica, ou seja, não há um método único, mas uma composição que permite a formulação de questões e a compreensão crítica do corpus sobre como essas narrativas atuam na produção de significados por meio de uma leitura polivalente, não dominante. Foram selecionados 11 programas, considerando o seguinte recorte: documentários exibidos por redes internacionais de televisão entre 2013 e 2016, produzidos por estrangeiros, que promovessem deslocamentos, em suas narrativas, em relação ao projeto de cidade construído pela e para a Marca Rio por ocasião dos megaeventos esportivos sediados na cidade em 2014 e 2016 e que estivessem disponíveis on-line para visualização ou download. As análises mostram os debates possíveis acerca das formas como os imaginários sobre a marca Rio estão sendo construídos, desconstruídos e reconstruídos. Trata-se de um processo regido por interesses econômicos, mas que possui, de certa forma, “vida própria”, já que os sentidos são reapropriados pelos cidadãos, os quais constroem novas formas de ser, de estar e de viver essa cidade que se propõe mercadoria a ser consumida e também empresa a gerir seus processos. As narrativas documentais fazem emergir novos sujeitos e subjetividades que não compõem o discurso oficial da marca, colocam em debate o projeto de cidade construído pelo planejamento estratégico e demonstram parte das disputas que constituem o tecido urbano, em especial no que diz respeito às disputas pelo direito à cidade, indo muito além do achatamento promovido pelo branding e do consenso buscado pela cidade-empresa na construção da cidade-mercadoria. Compreender esses processos é uma forma de problematizar essas questões e trazê-las para um debate mais amplo – um debate que inclua os diversos nós que compõem a complexa rede de construção da Cidade Olímpica.