Alterações antropométricas, metabólicas e inflamatórias em crianças pré-púberes com e sem excesso de peso e suas associações com a gordura abdominal
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22392 |
Resumo: | A obesidade infantil tornou-se uma epidemia e um problema de saúde pública nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento. No Brasil, estudos recentes mostraram que um terço das crianças brasileiras se encontra com excesso de peso. Caracteriza-se por um acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode trazer malefícios à saúde e decorre da interação de diversos fatores, entre eles fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Estudos prévios já mostraram a relação da obesidade infantil com os marcadores de risco de doença cardiovascular e que o processo aterosclerótico se inicia nas primeiras décadas de vida. Existem diversas formas de se estimar a gordura corporal, tanto através de medidas antropométricas quanto através de exames de imagem. A avaliação principalmente da gordura abdominal é importante por ser essa a gordura mais associada aos marcadores de risco cardiovascular. A ultrassonografia nesse caso ganha destaque na pediatria como método de imagem de avaliação de gordura abdominal por não envolver riscos de radiação ionizante para a criança, além de ser rápida, de menor custo em relação a outros exames de imagem e não envolver necessidade de sedação. O presente estudo objetivou buscar as associações dos marcadores de risco cardiovascular, em especial os marcadores inflamatórios com a gordura abdominal avaliada através de ultrassonografia. O estudo envolveu 241 crianças, 115 do sexo feminino e 126 do masculino, de cinco a dez anos de idade, sendo 156 com obesidade, 37 com sobrepeso e 48 eutróficas, pré-púberes, visando eliminar a influência dos esteroides sexuais nessa análise. Realizou-se avaliação da distribuição das variáveis antropométricas, metabólicas e dos marcadores de inflamação com cálculo de medianas e quartis, além de análises simples e de regressão logística. Os resultados encontrados evidenciam associação entre gordura abdominal avaliada por ultrassonografia e os dados metabólicos, especialmente entre a espessura de parede abdominal maior ou igual ao percentil 75 e o modelo homeostático de avaliação de resistência insulínica na regressão logística simples (OR: 1,83; IC: 1,24 : 2,70), mas uma maior associação da gordura abdominal com os marcadores inflamatórios e as medidas antropométricas, especialmente com a relação entre circunferência de cintura e estatura, que no modelo de regressão logística ajustada mostrou associação positiva com a espessura de parede abdominal maior ou igual ao percentil 75 e a espessura de gordura intra-abdominal maior ou igual ao percentil 75 (OR: 50x109; IC: 17x101: 15x1018 e OR: 34x1010; IC: 23x103: 50x1017 respectivamente). A gordura de parede abdominal teve maior associação com inflamação do que a gordura intra-abdominal na amostra, com associação positiva entre o fator de necrose tumoral alfa e a espessura de parede abominal maior ou igual ao percentil 75 na regressão logística ajustada (OR: 18,12; IC 95%: 1,57 : 209,55). Este tipo de gordura parece ter maior impacto na inflamação crônica relacionada ao excesso de peso em crianças de idade tenra. |