Capoeira e escola: um debate sobre patrimônio, cultura afro-brasileira e educação

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Pereira, Vinicius Oliveira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
• Palavras-chave em Português: Elementary school; Afro-Brazilian culture; Heritage; More Education Program; Capoeira; Escola; Cultura afro-brasileira; Patrimônio; Programa Mais Educação; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10198

Esta dissertação tem como objetivo analisar e discutir as implicações do diálogo entre uma escola da rede municipal de ensino de Nova Iguaçu e a capoeira. Trata-se de uma etnografia da oficina de capoeira, em que lancei mão de técnicas como entrevistas e observação envolvendo os sujeitos que constituem o espaço escolar, com destaque para: oficineira de capoeira, professoras e estudantes. A escola onde ocorreu a etnografia trabalhou com a mencionada manifestação a partir do Programa Mais Educação (PME), que, entre outros objetivos, visa aumentar o tempo de permanência estudantil no espaço escolar por meio da oferta de oficinas no contraturno escolar. Tendo em vista a centralidade do referido programa para introdução da capoeira nas escolas municipais de Nova Iguaçu, a investigação visou, também, compreender como o programa apresenta a capoeira em seus documentos. Nesse sentido, realizei, a partir do diálogo com autores como Pierre Bourdieu (1983), Eric Hobsbawm (1984) e Norbert Elias (1992), uma análise documental dos textos que regulam o Programa Mais Educação. Concluímos que nas oficinas há uma sobrerrepresentação de elementos ligados à vertente da capoeira regional. Desse modo, a esportização da capoeira é um facilitador para a introdução da prática no espaço escolar. A vinculação da capoeira com a cultura afro-brasileira, por vezes, tem sido rejeitada devido à presença de traços que a conectam com a religiosidade de matriz africana. No que diz respeito ao Programa Mais Educação, os documentos apresentam a capoeira de forma ambígua, deixando de apresentar sua relação com a Lei nº 10639/03.