Metodologia para gestão de risco em barragens a partir de árvore de eventos e análise FMEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Rafaela Baldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17662
Resumo: Alguns estudos que analisam o risco de falha consideram que entre 2016 e 2025 devem ser esperadas cerca de 30 grandes tragédias e, se avaliarmos os dados entre 1900 e 2014, tem-se uma média de três rupturas a cada dois anos, considerando somente as rupturas divulgadas e investigadas. Pode-se dizer que as falhas, potencialmente, são e serão impulsionadas pela economia, uma vez que o custo tem sido a principal variável considerada no projeto, construção, operação, monitoramento e fechamento dessas estruturas. À medida que as empresas reduzem os investimentos em manutenção, gestão de riscos e prevenção de falhas, tem-se o fomento à recuperação econômica, competitividade do valor de produto e redução de dívidas, exigidas pelos investidores. O resultado tem sido uma perda de mão de obra, a ponto de as empresas não terem mais conhecimento suficiente sobre as habilidades de engenharia e operacionais que se aplicam ao gerenciamento de rejeitos e água. O aprendizado com as tragédias de barragens é praticamente inexistente, não sendo uma exclusividade brasileira, trazendo uma consequência ambiental e social catastrófica. As falhas ocorrerão enquanto a tendência é que sejam vistas e tratadas como imprevisíveis, sem gestão do risco. A frequência e severidade das falhas estão aumentando globalmente, sendo que a maioria seria evitável se observada uma correta diligência por parte dos proprietários e operadores de barragens. Existe o conhecimento técnico para permitir que barragens sejam construídas e operadas com baixo risco, mas a frequência das rupturas nos remete a lapsos na aplicação consistente de perícia durante toda a vida de uma instalação e por falta de atenção aos detalhes. No Brasil, a prática profissional e a orientação regulatória permitem a confiança desenfreada no Método Observacional, um processo contínuo, gerenciado e integrado de projeto, controle de construção e monitoramento das estruturas. Em muitas das rupturas, os relatórios indicam uma série de falhas construtivas nos sistemas de filtros e drenos, galerias de concreto, desvios e afins, além de questões operacionais críticas ao longo dos anos de operação. As melhores práticas, os melhores conhecimentos e as melhores técnicas disponíveis precisam ser diretrizes principais, assumidas sobre planejamento, projeto, construção, operação, monitoramento e fechamento de barragens. À medida que essas diretrizes se tornam claras, e são aplicadas, a indústria deixará de depender apenas das suposições acerca de métodos observacionais, que consideram a expertise e o ponto de vista particular de engenheiros e consultores para tomar decisões importantes que afetam o risco. O Método Baldi, desenvolvido na presente Tese, considera as informações de inspeção e instrumentação, identificando os riscos a partir de árvores de eventos, separadamente em, riscos intoleráveis, toleráveis e aceitáveis. Os riscos intoleráveis são conduzidos para análise de falha do tipo FMEA, onde são avaliadas as falhas severas, intermediárias e brandas. O objetivo é possibilitar a elaboração de um plano de ação assertivo e efetivo para Gestão de Segurança de Barragens.