Abordagem familiar na Atenção Primária à Saúde com famílias em situação de violência: percepção de preceptores de Residência em Medicina de Família e Comunidade
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFSAÚDE) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19728 |
Resumo: | A violência apresenta-se como um grave problema de saúde pública. É um fenômeno frequente que gera impacto no âmbito físico, psicológico e social da vida das pessoas, famílias e comunidades. Dentre os tipos de violência, a intrafamiliar é de elevada prevalência. É um fenômeno sistêmico, no qual todos os membros da família estão envolvidos. Na Atenção Primária à Saúde (APS), famílias em situação de violência são frequentemente atendidas por profissionais da Estratégia Saúde da Família. Entretanto, observa-se ausência ou pouco espaço existente na formação médica para abordar o tema. O objetivo deste estudo foi conhecer a perspectiva de Médicos de Família e Comunidade (MFC), preceptores de Programas de Residência em MFC, sobre a Abordagem Familiar em contextos de violência intrafamiliar na APS. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa de caráter descritivo e exploratório. Foram realizadas entrevistas com 15 preceptores. Foram identificados potencialidades e desafios para a prática cotidiana da Abordagem Familiar com famílias em situação de violência, na APS. Como potencialidades, destacam-se: o fortalecimento do vínculo do profissional e família; ampliação dos recursos terapêuticos e da efetividade das intervenções; favorecimento do cuidado integral; articulação da rede intersetorial; promoção da reflexão e do autocuidado familiar. Dentre os desafios, foram relatados: falhas na formação médica e falta de experiência; a violência silenciada e o medo de abordar as situações de violência intrafamiliar; falta de diretrizes específicas para profissionais de saúde da APS; más condições de trabalho, dificuldades na articulação da rede intersetorial e não valorização da gestão sobre a importância da abordagem. A importância da Abordagem Familiar por MFC foi destacada pelos entrevistados, sobretudo na abordagem de violência intrafamiliar. Entretanto há muitos desafios para sua aplicação na prática. São necessários esforços e diretrizes para que os MFCs e demais profissionais que atuam na APS possam ser valorizados e capacitados a fim de realizar a abordagem familiar e a abordagem da violência intrafamiliar de forma sistemática e cotidiana, considerando a alta prevalência e a gravidade deste fenômeno. |