Efeitos da modulação da via do AMPc/PKA e da ausência de T3 na oligodendroglia in vitro: formação e manutenção dos prolongamentos e distribuição de proteínas de oligodendrócitos/mielina e da RhoA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Felgueiras, Luiz Otávio Ribeiro de Lemos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12697
Resumo: Já foi demonstrada em trabalhos anteriores de nosso laboratório a importância do hormônio tireoidiano (T3) na diferenciação da oligodendroglia, sua relação com as proteínas de citoesqueleto e seu papel na distribuição das proteínas de mielina como CNPase e MBP. Já demonstramos também que a via da MAPK/ERK participa do crescimento e arborização dos prolongamentos da oligodendroglia, sendo importante para sua morfologia. A PKA também pode ser importante para a extensão dos prolongamentos uma vez que pode inibir a RhoA e consequentemente aumentar o comprimento dos prolongamentos. Neste estudo buscamos avaliar a relação entre T3 e a sinalização da via do AMPc/PKA na distribuição da CNPase, MAG e RhoA, no desenvolvimento da oligodendroglia e na sua morfologia. A oligodendroglia foi obtida de hemisférios cerebrais de ratos neonatos e cultivada na presença ou ausência de T3 (T3 ou -T3). Após 5 dias os dois grupos foram divididos de acordo com os tratamentos realizados com cada fármaco: DMSO (controle); ativador da adenilato ciclase forscolina (FORSC) [10 mM]; inibidor da adenilato ciclase SQ22356 (SQ) [1 mM]; inibidor da PKA H-89 [1 mM] e ambos forscolina [10 mM] e H-89 [1 mM] (FORSC+H-89). Os efeitos dos tratamentos foram observados após 30min ou 24h. Com 24h de tratamento com H-89 a porcentagem de progenitores de oligodendrócitos (OPCs) reduziu e o tratamento com FORSC ou FORSC+H-89 por 30min reduziu a porcentagem de OPCs com prolongamentos acima da média. A ausência de T3 reduziu a porcentagem de OPCs com prolongamentos acima da média nas culturas com 5 div, mas o tratamento com FORSC ou SQ por 30min reverteu esses efeitos. Os tratamentos na presença de T3 não interferiram na porcentagem de pré oligodendrócitos (POs), mas o tratamento com FORSC por 24H alterou a porcentagem de POs com prolongamentos acima da média. Os tratamentos com FORSC, H-89 ou ambos durante 30min reduziu esta porcentagem na ausência de T3. FORSC elevou a porcentagem de oligodendrócitos imaturos (IO) e a ausência de T3 reduziu a porcentagem de IO com prolongamentos superiores à média, esses efeitos foram prevenidos com os tratamentos com SQ e H-89. Nas células maduras todos os tratamentos afetaram a porcentagem de células com prolongamentos acima da mediana e o tratamento com FORSC pode reverter os efeitos da ausência de T3. O tratamento com H-89 concentra a RhoA no núcleo das células com 5 div. Os resultados reforçam a importância do T3 em estágios tardios de diferenciação da oligodendroglia, assim como na formação e manutenção dos prolongamentos. Além disso, sugerem que a via do AMPc/PKA é importante para a formação dos prolongamentos e é capaz de interferir nos efeitos da ausência de T3.