Avaliação dos efeitos imediatos e tardios em testículos e pênis de ratos adultos submetidos ao estresse crônico por imobilização antes e após a puberdade
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12327 |
Resumo: | O objetivo desse estudo foi investigar os efeitos do estresse crônico nos testículos e pênis de ratos pré-púberes e adultos, e avaliar se possíveis alterações podem ser revertidas quando a indução do estresse é cessada. Os animais foram imobilizados em cilindros opacos de plástico por duas horas diárias durante seis semanas para simular uma situação de estresse crônico. Setenta e seis ratos foram divididos em oito grupos dependendo do tipo de tratamento (controle ou estressado), da idade em que o estresse foi iniciado (pré-púbere, 4 semanas de idade) ou (adulto, 10 semanas de idade), e do tempo de avaliação (imediato ou tardio). Os animais estressados de avaliação imediata (ECI4, n=10 e ECI10, n=9) foram analisados 24 horas após o último estímulo estressor, enquanto que os animais estressados de avaliação tardia (ECT4, n=10 e ECT10, n=9) foram avaliados 6 semanas após o último estímulo estressor. Outros animais de mesma idade foram usados como grupo controle (CI4, CT4, CI10 e CT10) mantidos sem água e alimento pelo mesmo período de tempo dos animais dos grupos estressados. Experimento aprovado sob protocolo CEUA/004/2015. Os animais foram pesados antes e após o término do tratamento. Antes da morte do animal, o sangue foi coletado para análise da testosterona sérica e os espermatozoides coletados da cauda do epidídimo para avaliação da concentração, motilidade e viabilidade. Os testículos foram fixados em Bouin por 24 horas e pós-fixados em formaldeído a 3,7%, processados em blocos de parafina e corados em H&E. Os cortes foram fotografados em diferentes aumentos para análises do diâmetro do túbulo seminífero, altura do epitélio seminífero, densidade volumétrica e volume absoluto das estruturas do túbulo seminífero e do estroma. O pênis foi fixado em formaldeído a 3,7% e a porção média foi utilizada para análise histomorfométrica. Secções transversais dessa região foram coradas com Tricrômico de Masson para avaliação da área do corpo cavernoso (com e sem túnica albugínea), área da túnica albugínea e densidades das estruturas cavernosas. Corado com fucsina resorcina de Weigert com prévia oxidação para avaliação das fibras do sistema elástico. As médias dos grupos foram comparadas pelo teste T de Student e considerado significativo quando p<0,05. Os ratos do grupo ECI4 apresentaram redução do peso corporal e do diâmetro dos túbulos seminíferos. Os ratos do grupo ECI10 mostraram várias reduções funcionais (nível de testosterona e parâmetros de espermatozóides) e morfológicas (peso testicular, diâmetro dos túbulos seminíferos e estruturas do corpo cavernoso). Os ratos do grupo ECT4 mostraram aumento do peso corporal e das densidades volumétricas e absolutas do compartimento intertubular, e diminuição da densidade volumétrica do compartimento tubular e das fibras do sistema elástico no corpo cavernoso. O grupo ECT10 apresentou redução da viabilidade dos espermatozóides e aumento da área da túnica albugínea do corpo cavernoso. O estresse crônico induziu alterações testiculares e penianas antes e após a puberdade. As alterações foram mais significativas quando o estímulo estressor foi induzido na idade adulta, porém se recuperam quase completamente após longo período sem estresse. Já nos animais pré-púberes as alterações parecem ser permanentes. |