Quadros graciliânicos: sobre a atribuição de “efeito de real”, “ilusão referencial” e colaboracionismo estadonovista a Graciliano Ramos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17761 |
Resumo: | Nesta dissertação, parte-se da leitura crítica de Graciliano Ramos e a Cultura Política: mediação editorial e construção do sentido (2016), de Thiago Mio Salla, livro no qual o autor se propõe a ler os textos dos “Quadros e Costumes do Nordeste”, de Graciliano Ramos, em seu suporte original de publicação, o periódico Cultura Política, principal difusor da ideologia varguista durante o Estado Novo. No livro, a atribuição de “efeito de real” e de “ilusão referencial” à referida produção textual redunda na confirmação do colaboracionismo do autor de Vidas secas em face do regime que o havia encarcerado anos antes. Diante disto, propõe-se uma releitura dos “Quadros e Costumes do Nordeste” a fim de conferir se a referida atribuição realmente encontra respaldo na materialidade discursiva da escrita graciliânica. Na medida em que tal releitura revela configurações retóricas e enunciativas incompatíveis com a atribuição feita por Salla, realiza-se, complementarmente, a análise de comentários metadiscursivos do autor alagoano, presentes em cartas e entrevistas, de modo a revelar a complexa imagem do escritor e o imaginário da escrita em jogo na produção de Graciliano Ramos |