Bacias Hidrográficas e Ensino de Geografia: percepções ambientais sobre as inundações urbanas na Bacia do Rio Alcântara, São Gonçalo – RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sousa, Rafaella César dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19242
Resumo: Nos dias atuais têm emergido, cada vez mais, o debate sobre os impactos ambientais nas grandes cidades brasileiras. Nesse sentido, é essencial trabalhar este tema nas aulas de Geografia, considerando que a educação geográfica permite conduzir o conhecimento como subsídio à ação dos alunos no lugar onde vivem e da sociedade de maneira geral. Isso se torna, portanto, uma possibilidade de aproximação dos estudantes à sua realidade para que, então, possam compreender e refletir criticamente sob a perspectiva de transformação. Por sua vez, as bacias hidrográficas do município de São Gonçalo, leste metropolitano do Rio de Janeiro, vêm sofrendo diversos impactos ambientais. Em especial, a Bacia Hidrográfica do Rio Alcântara, maior bacia da região, é a que mais sofre com tal fenômeno. Vale destacar que a ocorrência desse está relacionada tanto às características geomorfológicas da bacia quanto às diversas interferências antrópicas atingida na mesma. Dito isso, destaca-se a percepção ambiental como uma ferramenta de grande relevância para a educação geográfica, pois a partir dela é possível levar ao cidadão que ocupa esses espaços - e que dele se aproveita - a consciência de que faz parte, também, da sua dinâmica. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar as percepções ambientais dos estudantes, do 1° ano do ensino médio do CIEP 439 Luiz Gonzaga Júnior, sobre as inundações urbanas da bacia hidrográfica do Rio Alcântara. A escola situa-se entre os rios: Alcântara – principal e seu afluente Mutondo, que sofre, também, com as inundações, afetando a vida dos alunos. Para a realização do trabalho, utilizou-se como metodologia a abordagem de pesquisa Estudo de Caso, pois concebe o conhecimento como um processo socialmente construído pelos sujeitos. Essa metodologia busca a integração entre o conteúdo e a realidade dos estudantes para associar os componentes naturais, sociais e políticos da bacia do município. Para construir a pesquisa utilizou-se de quatro propostas didáticas, sendo: atividade 1: mapa conceitual sobre as inundações urbanas; atividade 2: mapas mentais; atividade 3: entrevistas coletivas e atividade 4: utilização de imagens do Rio Alcântara pelo Google Earth. Assim, os resultados apontam para uma percepção ambiental socioambiental, porque atrelam a responsabilidade maior das inundações aos seres humanos e as suas ações de degradação à referida bacia. Correlato a isso, percebeu-se que os discentes possuem uma representação de meio ambiente como problema, pois o homem é concebido como um depredador. Já em relação às concepções da educação ambiental, pode-se inferir que eles possuem uma visão ambiental-sistêmica, pois observou-se uma consciência deles a respeito de que este fenômeno integra não apenas os fatores naturais, como também os políticos, econômicos, culturais e ambientais. Contudo, em relação a educação geográfica, notou-se que os alunos têm muitas dificuldades em associar as escalas de análise, posto que fazem uma grande separação entre as bacias do brasil (escala nacional) com as do município de São Gonçalo (escala local).