Avaliação de efeito tóxico do desinfetante Cloreto de Benzalcônio em processos de lodos ativados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Monteiro, Amanda Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11028
Resumo: Embora a utilização dos processos de lodos ativados seja crescente para o tratamento de efluentes industriais, algumas características desses efluentes podem comprometer a eficiência e estabilidade do sistema, dentre elas a presença de compostos tóxicos. O uso de produtos desinfetantes nas indústrias alimentícias é cada vez mais elevado devido às exigências dos órgãos de controle sanitário, com consequente descarga desses compostos nas estações de tratamento de efluentes industriais. Para avaliação do efeito tóxico pelo teste de respirometria, três tipos de lodos ativados foram coletados: um oriundo da indústria alimentícia, um proveniente da indústria farmacêutica e outro aclimatado com efluente produzido sinteticamente e livre de intoxicantes, e mantidos em contato com concentrações de Cloreto de Benzalcônio na faixa de 4,95 a 1267mg/L. O lodo da indústria farmacêutica, por conter diversos compostos tóxicos no efluente, incluindo antibióticos, apresentou os menores valores de taxa de consumo de oxigênio, até mesmo para o teste branco, indicando ser um lodo intoxicado e por isso o Cloreto de Benzalcônio teve menos efeito sobre o metabolismo dos microrganismos, apresentando toxicidade aguda com CE(I)50;10min entre 298,6 e 469,8 mg/L. Os testes da indústria alimentícia apresentaram resultados de TCO intermediários, com CE(I)50;10min que variou de 73,3 a 244,3 mg/L, e o lodo obtido do reator piloto apresentou os maiores valores de TCO, indicando boa adaptação ao efluente sintético e uma faixa de CE(I)50;10min entre 18,4 e 39,4 mg/L de Cloreto de Benzalcônio, indicando que este lodo foi mais sensível ao intoxicante possivelmente pela ausência de substâncias tóxicas no efluente de alimentação. Acrescentaram-se aos testes observações microscópicas dos lodos e análises dos parâmetros físico-químicos dos afluentes, efluentes e lodos ativados, que apresentaram resultados dentro do esperado. Foi estudada também a toxicidade aguda do Cloreto de Benzalcônio ao organismo-teste Allivibrio fischeri, que resultou em valores de CE50 = 0,28 mg/L ± 0,014 após 15 minutos de exposição e 0,29 mg/L ± 0,011 para 30 minutos de exposição.