Estilhaçando o espelho: ação e autorreflexão em uma experiência com o gênero discursivo storyboard no ensino de língua portuguesa
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFLETRAS) - FFP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19924 |
Resumo: | A presente dissertação de mestrado profissional em Letras apresenta um relato autoetnográfico de uma intervenção pedagógica em uma escola pública municipal de Niterói, no Rio de Janeiro. O trabalho em sala de aula, com 48 alunos de duas turmas de sétimo ano, pretendeu dar autonomia criativa aos alunos, através de uma sequência didática centrada no gênero discursivo storyboard. O objetivo foi promover a liberdade criativa e o uso de tecnologia como formas tanto de contribuir para a melhora no convívio escolar como de favorecer o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa. O trabalho esteve amparado na ideia de que o processo de ensino e aprendizado deve ser dialógico, prospectando o olhar de quem dele participa, e não mais monológico, centrado tão somente no docente, conforme Bakhtin (2011). Posicionei-me neste trabalho como professor-pesquisador, buscando registrar cada aspecto do dia a dia em sala de aula, em contato intersubjetivo com educandos, pais, equipe de articulação pedagógica, demais professores e com o espaço escolar, criando, com isso, conforme Bortoni-Ricardo (2008), um círculo virtuoso em que a ação do professor no espaço de ensino e aprendizagem gera reflexão. Pude notar que a teoria estudada no PROFLETRAS pode ser aplicada à prática, de onde surgiram ideias para novas ações. Uma dessas ideias foi a de que os estudantes pudessem se ver estimulados a desenvolver textos autorais e vídeos que lhes dessem voz através do gênero discursivo Storyboard dentro de seu contexto de uso real, escolarizado, conforme Wilson (2012). Promoveu-se, assim, no percurso desta pesquisa, o contato dos alunos com o gênero referido em uma sequência didática, conforme Schneuwly e Dolz (2011), por meio de atividades de efetiva prática de linguagem com os gêneros do discurso na escola. Esse trabalho incentivou, também, o uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (celulares com câmera, editores de texto, editores de vídeo etc.) no espaço escolar (TDIC) como meio de aprendizagem, conforme Morin (2000), para que alunos e professor produzissem material audiovisual para exposição à comunidade local, numa mostra de vídeos. Observou-se nesta pesquisa que as tecnologias promoveram o alcance da dimensão discursiva do gênero referido, que serviu para a efetiva prática de linguagem ativa, em sociedade, por parte dos discentes, numa campanha contra o Bullying na escola. Como fruto dessa jornada, apresenta-se o registro do processo de (re)construção docente em permanente reflexão crítica sobre como promover a aprendizagem nas aulas de Língua Portuguesa de forma criativa, autoral e lúdica, posicionando alunos e professor à condição de leitores-autores. |