Avaliação da contaminação de camarões por HPAs na baía de Guanabara

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pitta, João Pedro Marvila Padilha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PAH
HPA
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20070
Resumo: A baía de Guanabara é um ecossistema crucial para diversas espécies de camarões e importante fonte de renda para os pescadores artesanais do entorno da região metropolitana do Rio de Janeiro, entretanto, possui um diagnóstico crônico de contaminação por HPAs no seu sedimento. Nesse trabalho foi avaliado o nível de contaminação dos camarões-rosa, Farfapennaeus braziliensis e Farfapennaeus paulensis, e do camarão-cinza, Litopennaeus schmitti, através da obtenção de amostras em importantes locais de desembarque de pescado (Ilha do Fundão, Ilha do Governador, São Gonçalo e Magé) e um ponto de monitoramento no canal central da baía de Guanabara ao longo dos meses de junho a fevereiro (2021/2022, fora do período de defeso). Os HPAs presentes nos tecidos dos camarões analisados foram extraídos por Sohxlet e determinados por cromatografia gasosa associada à espectrometria de massas. Os resultados variaram de 1,56 a 87,66 ng.g-1 (p.u.) para o HPA totais e de 0,21 a 32,46 ng.g-1 16 HPAs prioritários. Não houve diferença significativa das concentrações de HPAs determinadas nas 3 espécies, entretanto, para os locais de desembarque, foi observada diferença significativa para o Gradim, em São Gonçalo, apontando para uma região de captura de camarões que difere das outras localidades na porção interna da baía de Guanabara. No ponto de monitoramento mensal realizado no canal central da baía de Guanabara os resultados apontaram para os meses de outubro, novembro e dezembro com as maiores concentrações de HPAs totais, variando de 23,32 a 48,04 ng.g-1 . Na maioria das amostras analisadas a contribuição relativa de HPAs com 2 a 3 anéis benzênicos foi superior a 90 %, apontando para um acúmulo preferencial de compostos mais leves e de origem petrogênica. De uma forma geral os níveis de HPAs determinados nos camarões não foram significativos e estão bem abaixo do limite máximo estabelecido pelos órgãos reguladores, nacionais e internacionais, sendo uma valiosa informação para os pescadores artesanais que dependem da atividade de pesca de camarão para a sua sobrevivência.